CPLP transfere modelos do Fome Zero e da merenda escolar para África

Diretor-geral da agência, José Graziano da Silva, contou à Rádio ONU que iniciativa se inspira nos projetos brasileiros de assistência alimentar; ele está em Nova York para participar de encontros paralelos ao debate da Assembleia Geral.

 

Da Redação
Com Rádio ONU

A presidente Dilma Rousseff faz o discurso de abertura da 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, informou que está obtendo sucessos com uma iniciativa de cooperação Sul-Sul entre os países lusófonos.

Em entrevista à Rádio ONU, o diretor-geral da agência, José Graziano da Silva informou que os dois projetos estão sendo realizados em parceria com a Cplp, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Em cooperação com a FAO, a entidade está levando os programas Fome Zero e da compra de agricultura familiar para a merenda escolar para a África e Ásia.

José Graziano da Silva está em Nova York para participar de uma série de encontros à margem dos debates da Assembleia Geral, que começam em 24 de setembro.

A FAO afirma que o mundo ainda tem 870 milhões de pessoas que não têm o que comer. Para Graziano, o combate à fome não é algo complicado, mas depende de ação política como a tomada pela Cplp.

“Estamos trabalhando também no programa de compras da agricultura familiar para merenda escolar. Nós descobrimos que esse é um dos programas mais eficientes. Com US$ 25 por ano de despesas comprando dos agricultores locais, você não só promove esta agricultura familiar que está ali latente, mas você também dá uma alimentação de qualidade. É diferente as crianças estarem comendo ovos, leite fresco, do que ter um copo de leite reconstituído a partir de um leite em pó que é doado por uma organização internacional.”

José Graziano da Silva falou ainda do Programa Fome Zero que está sendo introduzido em outros países de língua portuguesa como o Timor-Leste, no sudeste da Ásia.

Assembleia da ONU
A presidente brasileira Dilma Rousseff já chegou a Nova York, onde fará o discurso de abertura da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas nesta manhã do dia 24.

Uma das principais mensagens que ela pretende passar em sua fala na ONU é propor o que ela chamou de “nova governança contra a invasão de privacidade”. O tema é consequência das denúncias da espionagem feita pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (nas, na sigla em inglês) e que levaram a presidenta brasileira a adiar a visita de Estado que faria a Washington em outubro.

Dilma também participa da primeira reunião do Fórum de Alto Nível de Desenvolvimento Sustentável, que reúne ministros de Meio Ambiente anualmente e chefes de Estado a cada quatro. A meta é implementar as metas estabelecidas no documento final da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, intitulado O Futuro que Queremos. Os países se comprometeram, durante a conferência do Rio de janeiro, em 2012, a definir objetivos para o desenvolvimento e a eliminação da pobreza no mundo.

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