CPLP quer ser cumprir metas ambientais dos Objetivos do Milênio

Da RedaçãoCom Agencia Lusa

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai finalizar, dentro de um ano, um programa de cooperação que lhe permitirá ajudar a cumprir as metas ambientais definidas nos Objetivos do Milênio para o Desenvolvimento (OMD), segundo o diretor-geral da organização.

Em declarações à Agência Lusa, Hélder Vaz citou que foi criado já um "comitê gestor" para, ao longo dos próximos 12 meses, elaborar o programa, que se centrará em quatro eixos prioritários: fortalecimento institucional, comunicação e cidadania ambiental, desenvolvimento científico e tecnológico e gestão e acompanhamento.

Hélder Vaz indicou que a primeira reunião técnica do comitê gestor, de dois dias, terminou neste dia 23 em Lisboa, com a aprovação da metodologia de trabalho e a definição dos grupos de trabalho regionais e locais.

"A idéia é fazer da CPLP um ator global no cumprimento das metas ambientais dos OMD definidos em 2000 pelas Nações Unidas. É um projeto muito ambicioso que terá intervenções nos quatro continentes", destacou.

O projeto inicial, adiantou, conta com o financiamento de 575 mil euros – 475 mil do Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e 100 mil do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) – e permitirá formular e orçamentar o Programa de Cooperação Sul/Sul e Norte/Sul da CPLP.

De acordo com ele, o objetivo é apoiar a implementação da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, no quadro da cooperação entre a CPLP e a FAO, com base no protocolo assinado em maio último pelo então secretário executivo da comunidade, Luís Fonseca, e o diretor-geral daquela agência da ONU, Jacques Diouf.

O projeto, num âmbito mais vasto, cobrirá todos os países da CPLP, tendo também por objetivo contribuir para o desenvolvimento sustentável e para a redução da pobreza nos PALOP e Timor Leste.

Isso será efetuado através da capacitação nacional para o planejamento intersetorial e participado do combate à desertificação e com concepção de um Programa de Cooperação CPLP de Combate à Desertificação, citou.

"O programa representa um elemento essencial na luta contra a degradação das terras e das condições de vida das populações que habitam as zonas afetadas e na gestão e conservação dos recursos naturais, auxiliando também no combate às alterações climáticas", realçou Hélder Vaz.

A CPLP, criada em julho de 1996, congrega Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, e conta, desde julho deste ano, com um novo secretário-executivo, o guineense Domingos Simões Pereira.

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