Covid-19: Macau dá alta para último doente internado

Da redação
Com Lusa

O último paciente internado com Covid-19 em Macau recebeu alta hospitalar nesta sexta-feira, anunciou o diretor dos Serviços de Saúde.

“Nem pacientes internados, nem mortos devido ao novo coronavírus”, declarou Lei Chin Ion, na conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

Macau está há 31 dias sem novos registros da doença Covid-19, tendo registrado apenas dez casos.

Após 34 dias de internamento, a paciente, de 64 anos, encontra-se agora em isolamento na convalescença no centro clínico de saúde pública do alto de Coloane, acrescentou o médico do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Lo Ick Long.

A residente foi hospitalizada em 01 de fevereiro, tendo sido confirmada como o oitavo caso da doença em Macau, indicou o mesmo responsável.

Lo acrescentou que, nas últimas 24 horas, o laboratório de saúde pública efetuou 132 análises, todas negativas.

A coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença indicou que 65 pessoas provenientes de áreas de alta incidência epidêmica entraram em Macau até às 09:00 (01:00 em Lisboa) deste dia 06.

Destas 65, todas sob observação médica, 44 estão em casa e 21 na Pousada Marina Infante, estabelecimento hoteleiro na ilha da Taipa onde está instalado, desde 30 de janeiro, um centro de isolamento, disse a médica Leong Ick Hou.

Também deste grupo sob observação médica, 58 são residentes de Macau, três são turistas/trabalhadores da Coreia do Sul, três são turistas da China e um é turista de Hong Kong, acrescentou.

O Corpo de Polícia de Segurança Pública indicou que foram registrados na quinta-feira 66 mil entradas e saídas das fronteiras de Macau, o que representa um aumento de 7,5% em relação ao dia anterior.

“Verificamos também um aumento nas entradas e saídas dos residentes”, com cerca de 24 mil pessoas a entrar (mais 6,4% do que na quarta-feira) e cerca de 24 mil a sair (mais 8,8%), disse Lei Tak Fai, reiterando o apelo das autoridades à população para evitar sair do território.

A epidemia de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou 3.385 mortos e infetou mais de 98 mil pessoas em 87 países e territórios, incluindo nove em Portugal.

Das pessoas infectadas, mais de 55 mil recuperaram.

Além de 3.042 mortos na China, há registro de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça, Espanha, Reino Unido e Países Baixos.

Macau

Região autônoma na China, a população de Macau era, no final do ano passado, de 679.600 pessoas, mais 12.200 do que em 2018, num território com pouco mais de 30 quilômetros quadrados, segundo dados oficiais.

De acordo com a Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), a população feminina representou 53,3% da população total do território em 2019. Os idosos, com 65 anos ou mais, representavam 11,9% da população, mais 0,8 pontos percentuais relativamente a 2018.

O índice de envelhecimento foi de 90,2%, mais 1,1 pontos percentuais, em termos anuais, o que significa um envelhecimento contínuo da população pelo 21.º ano consecutivo, indicou a DSEC.

Já a população adulta (15-64 anos) representou 74,9% do total, diminuiu 0,8 pontos percentuais.

Em 2019, o número registrado de fetos foi de 5.979, mais 54, com a taxa de natalidade a situar-se em 8,9%.

No final do ano passado, a mão-de-obra importada era composta por 196.538 trabalhadores não residentes, ou mais 8.058 em relação ao ano anterior, com quase um terço a trabalhar em hotéis, restaurantes e similares (54.748), ou mais 1.685 comparativamente a 2018.

Já o setor da construção empregou 29.387 trabalhadores não residentes, um número semelhante a 2018, apontaram as autoridades.

A DSEC referiu que, no ano passado, foram autorizadas a residir em Macau 967 pessoas, menos 107 em termos anuais. “A população local, que não inclui os trabalhadores não residentes nem os estudantes não residentes, ambos domiciliados em Macau, abrangia 555.000 pessoas”, ou mais 1,2% comparativamente a 2018, acrescentou.

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