Covid-19: Governo de São Tomé decreta cerco sanitário no maior distrito do país

Mundo Lusíada
Com Lusa

No dia 08, o Governo são-tomense decretou cerco sanitário no distrito de Água Grande, onde se localiza a capital do país, para conter a propagação do novo coronavírus, que entra em vigor até segunda-feira.

“Durante esse período só poderá haver entrada e saída para profissionais de saúde, pessoas em situações de emergência médica e para o abastecimento do distrito com bens essenciais”, refere o despacho assinado pelo primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, e pelo ministro da Defesa e Ordem Interna, Óscar Sousa.

O Governo justifica a decisão com a evolução da pandemia da covid-19 no país, que “tem conhecido um aumento exponencial de casos positivos, sobretudo no distrito de Água Grande”, bem como a necessidade “urgente de se reforçar as medidas de distanciamento social de forma a diminuir a cadeia de contágio”.

O executivo defende ainda no despacho “a necessidade de aumentar as ferramentas de despistagem” da covid-19 neste distrito.

O Ministério da Saúde anunciou mais quatro novas infecções pelo novo coronavírus, aumentando para 212 pessoas infectadas no país, que já conta cinco óbitos.

Fonte hospitalar indicou que quase metade dos pacientes (98) são residentes no distrito de Água Grande, o maior do país.

O número de mortos devido à covid-19 em África subiu para 2.074 na sexta-feira, com mais de 54 mil casos da doença registrados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infecções (594 casos e dois mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (439 e quatro mortos), Cabo Verde (230 e duas mortes), São Tomé e Príncipe (212 casos e cinco mortos), Moçambique (82) e Angola (36 infectados e dois mortos).

No âmbito do combate à pandemia, o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prolongou, pela segunda vez, o estado de emergência no país até 11 de maio.

Para fazer face ao novo coronavírus, as autoridades guineenses encerraram também as fronteiras, serviços não essenciais, incluindo restaures, bares e discotecas e locais de culto religioso, proibiram a circulação de transportes urbanos e interurbanos e limitaram a circulação de pessoas ao período entre as 07:00 e as 14:00 horas.

Moçambique

As autoridades de saúde de Moçambique registraram neste sábado mais cinco casos positivos de covid-19 no país, elevando o total de 82 para 87, anunciou o ministro da Saúde.

“Fizemos um total de 393 testes nas últimas 24 horas e, dos casos suspeitos testados, 388 revelaram-se negativos e cinco são positivos para a doença da covid-19”, disse Armindo Tiago, em conferência de imprensa sobre a pandemia em Maputo.

Os cinco novos casos estão ligados a uma investigação sobre as ramificações de um primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus anunciado dia 2 de abril, descoberto em Afungi, Cabo Delgado, na área do projeto para a exploração de gás no norte do país – liderado pela francesa Total.

Entre os novos doentes há um moçambicano, um queniano, um sul-africano e dois britânicos, todos trabalhadores da petrolífera francesa.

A maior parte dos doentes em Moçambique são assintomáticos, o que para o ministro da Saúde deve merecer um estudo por parte de entidades de pesquisa do país.

Moçambique vive em estado de emergência desde 01 de abril e até final de maio, com espaços de diversão e lazer encerrados, proibição de todo o tipo de eventos e de aglomerações, recomendando-se a toda a população que fique em casa, se não tiver motivos de trabalho ou outros essenciais para tratar.

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