Contra perseguição, ONG portuguesa apoia portadores de albinismo em Moçambique

Da Redação
Com Lusa

A organização não-governamental portuguesa Kanimambo vai apoiar cerca de 200 pessoas portadoras de albinismo nas províncias moçambicanas de Inhambane, Nampula e Sofala, anunciou a associação em comunicado.

O apoio, que surge no âmbito Dia Internacional para a Consciencialização do Albinismo, vai beneficiar pessoas portadoras de albinismo dos distritos de Inharrime, em Inhambane, Gorongosa, em Sofala, e Nampula.

Os donativos incluem protetores solares, produtos cicatrizantes, óculos, roupas e chapéus-de-sol, no âmbito do acompanhamento sistemático que a organização está a prestar a estas pessoas através de campanhas de angariação.

Em Maputo, as celebrações do Dia Internacional para a Consciencialização do Albinismo foram marcadas pela inauguração de uma exposição fotográfica dedicada à temática, um evento também organizado pela Kanimambo – Associação de Apoio ao Albinismo.

A data foi instituída em 2015 pelas Nações Unidas com o objetivo de divulgar informações e lutar contra a discriminação de pessoas portadoras de albinismo.

Em Moçambique, estima-se que 30 mil pessoas com albinismo enfrentam discriminação e foram ostracizadas, segundo um estudo da Amnistia Internacional.

Entre 2015 e 2016, várias pessoas portadoras de albinismo foram raptadas e mortas, principalmente no norte de Moçambique, em casos relacionadas com crenças supersticiosas.

Segundo relatos das autoridades, com base em testemunhos de pessoas detidas em conexão com esses crimes, partes de corpos de albinos mortos são usadas por curandeiros em rituais feitos em “clientes” que pretendem ficar ricos.

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