Concurso que distingue startups em Portugal deve chegar a países lusófonos

Da Redação

O governo de Portugal vai anunciar na quarta-feira os vencedores do concurso GovTech, que distingue projetos tecnológicos que ajudam a cumprir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, ODS.

A secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa, Graça Fonseca, esteve em Nova Iorque para participar num encontro do Pacto Global da ONU, durante a Assembleia Geral, para promover a iniciativa.

Falando à ONU, Fonseca explicou que o governo português quer levar esta iniciativa para outros países de língua portuguesa.

“A ideia é também que estes projetos e estas empresas que estão a surgir, assim como a iniciativa GovTech, possa, com o apoio do Instituto camões, começar a ser mais promovidos junto de países de língua oficial portuguesa e também, de alguma maneira, pegar nestes três que vão ganhar e com eles levar o GovTech e os seus produtos para países onde pode haver muito interesse para receber estas iniciativas.”

A secretária de Estado também explicou os grandes objetivos do projeto.

“É uma iniciativa que lançamos no ano passado, muito focada na Agenda para o Desenvolvimento Sustentável, e em que o objetivo é premiar produtos e serviços, no fundo startups, empresas com menos de três anos, que estejam alinhadas com um dos 17 Objetivos e que procurem resolver, dar uma solução, a um dos grandes desafios globais.”

Resistência
Para promover a iniciativa, a secretária de Estado fez uma ronda pelas incubadoras de startups de todo o país. Quando começou esse trabalho, a maioria das respostas dos empresários é que o seu projeto não se adequava às características do concurso.

“Começamos a perguntar, o que é que fazem? E o vosso produto faz o quê? Trabalha com crianças? Se trabalha com crianças, não acha que pode ser uma boa solução para este sub-objetivo de capacitar as crianças para melhor problem solving? Depois, quando se começa a conversar e a explicar, aí já todos têm alguma coisa a ver com a Agenda 2030. E todos, de alguma maneira, sentiram que o produto que tinham desenvolvido, o trabalho que estavam a fazer, se calhar tinha mais impacto do que tinham pensado inicialmente.”

O concurso recebeu 140 candidaturas, mas apenas 113 foram aprovadas. Em julho, um júri e a população começou a votar para seis finalistas.

Uma das grandes novidades foi a participação aberta na internet, usando a tecnologia blockchain, que permite a partilha de informação de forma segura. Mais de 2 mil pessoas inscreveram-se e votaram.

Os finalistas foram anunciados em setembro. Entre eles, existe um projeto de educação que ensina crianças a programar, vasos biodegradáveis, sal verde, uma planta que substitui o sal, e ainda uma plataforma que liga agricultores e consumidores.

Os vencedores serão anunciados esta quarta-feira. Além de receberem 30 mil euros, vão participar na Web Summit, um encontro mundial sobre tecnologia que acontece em Lisboa, além de ter apoio para a sua internacionalização.

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