Da Redação
Com Lusa
Cabo Verde vai contar com um instituto para a prevenção e investigação de incidentes e acidentes marítimos, à semelhança do que já existe para a aviação civil, segundo o ministro do Turismo e Transportes e da Economia Marítima cabo-verdiano.
José da Silva Gonçalves falava durante a sessão de abertura da reunião do Comité Legal do BAG (sigla inglesa do Grupo de Apoio de Banjul), que antecede a assinatura do Acordo de Sede da BAGAIA (Agência Regional para Investigação de Acidentes Aeronáuticos), que vai ficar localizada na Cidade da Praia, na ilha de Santiago.
A BAGAIA apoia o BAG no setor da aviação civil dos sete países signatários: Cabo Verde, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Nigéria e Serra Leoa.
Segundo o ministro, Cabo Verde, ciente do interesse e dos objetivos da BAGAI, assumiu o compromisso em acolher a sede desta organização, tendo para o efeito disponibilizado verbas desde 2017 para cobrir os custos de instalação, bem como os gastos operacionais da mesma.
José da Silva Gonçalves esclareceu ainda aos jornalistas que esta instalação na Cidade da Praia deverá custar perto de 20.000 contos cabo-verdianos (cerca de 181 mil euros), valor equivalente a um por cento do pago pelos aviões que sobrevoam o território cabo-verdiano.
O ministro sublinhou a diminuição do número de acidentes aeronáuticos, o que tem acontecido “graças aos grandes investimentos realizados na melhoria de infraestruturas aeroportuárias e de navegação aérea e na construção de um sistema de regulação, regulamentação, supervisão, fiscalização, prevenção e de investigação de acidentes do setor da aviação civil”.
Por outro lado, adiantou, a criação de parcerias no setor da aviação civil entre os Estados é de “extrema importância” para toda a sub-região da CEDEAO – Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental.
“Os Estados membros do BAG devem construir uma base de parcerias bilaterais, em virtude de possuírem frotas aéreas modernas, mas também tendo a eficiência na principal agenda dos governos e uma estratégia devidamente consolidada”, disse.
O ministro garantiu que, em Cabo Verde, as infraestruturas e os meios de transporte aéreo irão merecer uma atenção especial da parte do governo, “de modo a garantir a segurança, eficiência e qualidade na circulação de pessoas e bens”.
Recordando que há alguns anos Cabo Verde criou a Comissão de Prevenção e Investigação de Incidente e Acidentes Aéreos (CPIAA, o ministro revelou que “está na fase de finalização a criação de uma estrutura conjunta para potenciar sinergias e reforçar ainda mais a capacidade nacional na prevenção e investigação de incidentes e acidentes nos setores aéreos e marítimos”, uma solução que deverá estar concluída “antes do final do ano”.