Da Redação
Com Portugal Digital
Cabo Verde recebeu US$ 111 milhões de dólares de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) em 2010, menos oito milhões em relação ao ano anterior, segundo um relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (CNUCED).
O documento do CNUCED, intitulado “Relatório de Investimento no Mundo em 2011”, confirma os dados do relatório do Banco Africano Desenvolvimento (BAD) tornados públicos no passado mês de junho, em Lisboa.
No entanto, o relatório do BAD, intitulado “Perspetivas Económicas em África”, destaca que a aposta nos investimentos públicos permitiu a Cabo Verde contrariar a diminuição do investimento estrangeiro em 2010, derivado da crise financeira mundial.
Os fluxos gerados pela economia de Cabo Verde, desde sempre, foram insuficientes para financiar o seu desenvolvimento, devido aos constrangimentos relativos à falta de recursos naturais, ao défice da balança comercial e à dimensão e fragmentação do território.
Neste sentido, o capital estrangeiro surge como um recurso estratégico no desenvolvimento de Cabo Verde, sendo um instrumento chave para colmatar alguns déficits da economia.
O turismo se mantém o setor que mais investimento atrai, embora se assista a uma manifesta tendência de diversificação das áreas de investimento, confirmando a tendência iniciada em 2007 dum claro predomínio de investimentos provenientes do Norte da Europa em relação ao Sul desse continente.
Até 2006, predominavam investimentos provenientes de Portugal, da Espanha e da Itália, enquanto nos últimos anos a Inglaterra, a Escócia, a Irlanda, a Suécia e a Bélgica assumiram maior protagonismo.
Brasil: US$ 3 milhões de dólares
Na terça 02 de agosto, o governo de Cabo Verde assinou um pacote de cooperação no valor de três milhões de dólares com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), de acordo com a imprensa caboverdiana.
A assinatura acontece no Ministério das Relações Exteriores. O pacote inclui acordos setoriais que integram o programa geral de cooperação entre Cabo Verde e o Brasil.
Vão ser beneficiados o ambiente, habitação e ordenamento do território, património cultural, aviação civil, telecomunicações, e serviços de estatística, entre outros.
Com esta assinatura, o Brasil passa a disponibilizar recursos técnicos e humanos para viabilizar sete projetos de cooperação em Cabo Verde.