Cabo Verde prevê 52% da população adulta vacinada até agosto

Da redação com Lusa

O primeiro-ministro de Cabo Verde assumiu nesta segunda-feira no parlamento que a vacinação da população contra a covid-19 é a primeira prioridade da nova legislatura, prevendo que 52% da população adulta esteja vacinada até agosto.

“Na situação de emergência e de contingência em que o país se encontra, a primeira prioridade é massificar a vacinação para atingirmos a meta de vacinar mais de 70% da população de Cabo Verde em 2021”, afirmou Ulisses Correia e Silva, ao apresentar na Assembleia Nacional o Programa do Governo para a legislatura (2021/2026), que obriga à votação de uma moção de confiança.

De acordo com o primeiro-ministro, até ao momento já foram vacinadas contra a covid-19 um total de 41.616 pessoas em Cabo Verde, correspondente a 11% da população elegível (com mais de 18 anos).

“Com um número significativo de vacinas chegadas recentemente, prevê-se que até agosto possamos ter vacinado um total de 200 mil pessoas, correspondente a 52% da população elegível. Mais vacinas chegarão ao país para podermos atingir a meta definida”, afirmou Ulisses Correia e Silva.

Acrescentou que na conjuntura atual, a segunda prioridade assumida pelo Governo passa pelo “relançamento da economia e o emprego”.

“No quadro das medidas de emergência econômica e social, o Governo acionará o Conselho de Concertação Social para a celebração de um Acordo de Médio Prazo orientado para a recuperação e o relançamento da economia”, assumiu Ulisses Correia e Silva.

Defendeu que “a retoma do turismo está no centro das prioridades para o relançamento da economia e do emprego”, por ser “o setor mais afetado pela pandemia e pelo impacto que tem na economia do país”.

“É nesse sentido que destacamos a aceleração e a intensificação da vacinação nas ilhas turísticas do Sal e da Boa Vista para, concomitantemente com a vacinação nas outras ilhas e a redução significativa do número de casos positivos, podermos fazer o país entrar nas listas verdes dos países liberados para receber turistas. Ao mesmo tempo, estaremos em condições de emitir passaportes sanitários para os nossos cidadãos”, apontou.

“Cabo Verde é dos países do mundo mais seguros para o turismo. Cabo Verde será brevemente um país seguro do ponto de vista sanitário e um país com um turismo com oferta mais diversificada, mais desconcentrada e com maior impacto sobre a economia de cada uma das ilhas”, disse ainda Ulisses Correia e Silva.

Perspetivando “efeitos estruturantes”, revelou que o Governo “reforçará as ações para a melhoria do ambiente de negócios e a competitividade para tornar Cabo Verde um país mais empreendedor, mais atrativo ao investimento privado e com mais oportunidade de emprego”.

A terceira prioridade assumida no parlamento por Ulisses Correia e Silva “é eliminar a pobreza extrema e reduzir a pobreza absoluta”, prevendo o alargamento de vários apoios sociais às famílias mais carenciadas.

“Definimos como objetivo criar as condições para um país sem pobreza extrema, com mais igualdade, equidade de gênero e inclusão e com menos assimetrias regionais”, apontou o primeiro-ministro.

A quarta prioridade revelada pelo chefe do Governo passa por “aumentar a resiliência do país e diversificar a economia”, ao nível do desenvolvimento do capital humano, da transição energética, da estratégia da água para a agricultura, da ação climática, do turismo sustentável, da economia azul, da economia digital e da indústria.

A quinta prioridade do Governo para a legislatura “é dotar Cabo Verde de um bom sistema de segurança, um bom sistema de Justiça e um bom sistema de Saúde”.

“O Programa do Governo que agora se apresenta acontece sob o signo da resiliência e da confiança em Cabo Verde, no seu povo. É um compromisso político que se enquadra numa ambição maior que é a Agenda 2030, que visa atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, explicou o primeiro-ministro.

Ulisses Correia e Silva, também líder do Movimento para a Democracia (MpD), renovou a maioria parlamentar nas eleições legislativas de 18 de abril, assumindo a necessidade de fazer reformas em Cabo Verde.

“Nesta legislatura que agora se inicia, é importante que o sistema político e, particularmente o Parlamento, esteja comprometido e engajado com reformas que o país tem que realizar, com particular incidência sobre matérias que exigem maioria reforçada parlamentar”, disse ainda.

São Tomé

Na última semana, o ministro da Saúde são-tomense disse que pelo menos 1.400 pessoas não tomaram a segunda dose de vacina contra a covid-19, obrigando o Governo a alargar o período.

“Até ao momento, o número de pessoas vacinadas durante esta campanha de segunda dose indica que cerca de 1.400 pessoas estão por vacinar”, disse no dia 09 Edgar Neves, pedindo à população para “acorrer em massa” para ser vacinada.

A diretora dos Cuidados de Saúde, Feliciana Bonfim, fala em “fraca adesão” de pessoas à segunda dose de campanha de vacinação contra a Covid-19. “Vimos, por isso, apelar aos que fizeram a primeira dose e que ainda não puderam fazer a segunda, para irem aos postos de vacinação mais próximo a fim de completar a segunda dose e com isso ganhar mais capacidade para enfrentar a covid-19”, acrescentou o ministro da Saúde.

O governante lembrou, quando se completavam 94 dias em que São Tomé e Príncipe tem “vindo a enfrentar a covid-19 com mais esperança e certeza”, após a chegada do primeiro lote de 24 mil doses de vacinas ao país, comprado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A primeira fase de vacinação iniciou-se em 15 de março, sendo os profissionais de saúde, funcionários dos portos e aeroportos, cidadãos a partir de 60 anos e todos com doenças crônicas, que poderiam ver a sua saúde agravada se contraíssem o novo coronavírus, os primeiros a receber a vacina AstraZeneca.

Em Timor-Leste

Já em Timor, quem tenha completado as duas doses de vacinação “pode circular livremente, incluindo entrar e sair da cerca sanitária, sem necessitar de autorização” do CIGC.

A par da queda do número de casos e da incidência em Díli, as autoridades continuam a acelerar o processo de vacinação, com a segunda dose a começar a ser administrada.

Até dia 11, segundo Danina Coelho, porta-voz da comissão interministerial responsável pelo programa de vacinação, já receberam a primeira dose em Díli um total 83.771 pessoas, o que equivale a 39,18% da população estimada com mais de 18 anos (213.800).

A nível nacional já foram vacinadas 93.527 pessoas ou cerca de 11,99 da população com mais de 18 anos, estimada em cerca de 780 mil pessoas.

Em termos de setores da população, Danina Coelho explicou que em Díli já receberam a vacina 10.427 pessoas com idades entre os 18 e os 59 anos e com problemas crônicos de saúde.

Continua baixa (21%) a percentagem dos maiores de 60 anos que já foram inoculados na capital, com apenas 3.051 de um universo estimado de 154.518 pessoas.

Até ao momento Timor-Leste recebeu já um total de 294.800 doses de vacina, das quais 124.800 oferecidas no âmbito do mecanismo COVAX, 70 mil oferecidas pela Austrália – nos dois casos da AstraZeneca – e 100 mil da Sinovac oferecidas pela China.

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