Cabo Verde: Pedro Pires promete à comunidade em Portugal continuar próximo mas sem qualquer cargo público

Mundo Lusíada
Com Lusa

Presidente luso Cavaco Silva conversa com o Presidente de Cabo-Verde, Pedro Pires, durante a visita deste a Portugal, 22 junho, no Palacio de Belem, Lisboa. Foto: ANDRE KOSTERS/LUSA

O Presidente da República de Cabo Verde, Pedro Pires, afirmou que não aceitará qualquer outro cargo público depois de deixar a presidência, mas prometeu continuar próximo dos cabo-verdianos espalhados pelo mundo, em 23 de junho.

“Está fora de causa. Não pretendo exercer nenhum outro cargo público depois de deixar a Presidência da República”, garantiu Pedro Pires, em declarações aos jornalistas durante um encontro com a comunidade cabo-verdiana em Portugal.

O Presidente de Cabo Verde, que deixará o cargo depois das eleições presidenciais no país, agendadas para 07 de agosto, respondia à questão se estaria disponível para algum outro cargo, nomeadamente em instituições internacionais.

“O tempo está a ficar escasso e pretendo aproveitá-lo para fazer outras coisas”, disse o ainda chefe de Estado, de 77 anos. “Mas continuamos juntos. Estarei em diálogo, em contato com eles”, prometeu.

Pedro Pires disse que não dá conselhos ao seu sucessor, mas sobre o que mais podia ser feito pelo país, referiu que “talvez trabalhar para uma maior cooperação entre os emigrantes e Cabo Verde”, para que estes invistam no seu país.

Recebido por algumas centenas de cabo-verdianos num restaurante do Centro de Congressos de Lisboa, Pedro Pires ia falando, posando para muitas dezenas de fotografias ao lado de quem lhe pedia e assinando autógrafos.

Ao Presidente que for eleito em agosto, os cabo-verdianos residentes em Portugal pedem “que seja capaz de manter a comunidade como tal, unida”, como disse à agência Lusa a presidente da Associação de cabo-verdianos de Setúbal, Felismina Mendes.

Lembrando que os cabo-verdianos que residem fora do país são duas vezes mais do que os que vivem no arquipélago, Felismina Mendes considerou importante o papel de “lutador e pessoa dialogante” do Presidente da República que agora termina o seu mandato.

“Seja quem for (o futuro Presidente) deve continuar na mesma senda, ser uma grande figura de Estado, que honre o país”, referiu Manuel Correia, natural da Ilha do Fogo, como Pedro Pires, em Portugal há 42 anos e atual presidente do Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas.

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