Cabo Verde começa votação das “Sete Maravilhas”

Da Redação
Com Lusa

Imagem aérea da Ilha do Fogo tirada da cabine do piloto de um Airbus. Foto: Aldo Bien
Imagem aérea da Ilha do Fogo tirada da cabine do piloto de um Airbus. Foto: Aldo Bien

Cabo Verde iniciou em 01 de dezembro, e prossegue até dia 10, a escolha das sete maravilhas naturais do país, estando em concurso 57 locais ou patrimônios de todas as nove ilhas habitadas do arquipélago.

Divididas em categorias, as “7 Maravilhas de Cabo Verde” contemplam montanhas, serras e falésias, monumentos naturais de cariz vulcânico, praias, baías e enseadas, ilhéus, grutas e rochedos, dunas, paisagens e locais de interesse científico. As vencedoras serão conhecidas numa gala dia 20 de dezembro.

Entre os concorrentes encontram-se patrimônios já muito conhecidos dos cabo-verdianos, como o vulcão do Fogo, a baía do Mindelo, na ilha de São Vicente, ou a Praia de Santa Maria, no Sal, ou as dunas da Boavista, e locais praticamente inexplorados, como o parque natural de Cova, as grutas de Porto Novo, em Santo Antão, ou o Monte Fontainhas, na Brava.

A eleição das “Sete Maravilhas” é da autoria da Rede de Parlamentares para o Ambiente, Luta contra a Desertificação e Pobreza, e visa promover a consciência ambiental e despertar a sociedade para a necessidade de valorizar e preservar o património natural do país.

Os organizadores do concurso defendem também a criação de leis específicas para salvaguardar espaços e monumentos naturais de interesse ambiental, e propõem às câmaras municipais e ao Governo o enquadramento dos bens naturais.

O concurso começou há cerca de dois anos, com o apuramento dos monumentos nos concelhos e, depois, por ilhas, tendo participado na seleção as 22 câmaras, dezenas de escolas e a sociedade civil, permitindo que cada ilha pudesse apurar as suas sete maravilhas para o concurso nacional.

A comissão nacional é composta por deputados nacionais, organizações da sociedade civil, governo e empresas ligadas ao turismo. A presidente da Comissão Nacional das Sete Maravilhas, Eunice Silva, explicou que este processo permitiu identificar mais de duas centenas de sítios e monumentos de beleza “ímpar”, muitos deles desconhecidos do grande público.

“São centenas de sítios já identificados, que estão na nossa base de dados para que as instituições possam fazer uso. Não se trata apenas de cada ilha eleger as suas maravilhas, para saber que tem coisas bonitas, mas fazer uso desse material para a preservação e incrementar o turismo”, disse.

O apuramento dos 57 finalistas já está feito. A votação a nível nacional prolonga-se até dia 10 e, entre 13 e 15 deste mês, o júri reúne-se para tomar as decisões finais.

Os cabo-verdianos, no arquipélago e na diáspora, poderão votar via “sms” ou “online”, através do site www.7maravilhas.cv. O voto do público tem 10% de peso e o dos representantes das ilhas 20%. Os restantes 70% serão decididos pelo júri.

Eunice Silva explicou que o júri, composto por representantes de todas as ilhas e presidido por um juiz, tem mais peso na definição das sete maravilhas devido às questões técnicas que terão de ser respeitadas.

“Há um conjunto de critérios, como a beleza cénica, o impacto na comunidade, o endemismo que alberga, e um trabalho a fazer por especialistas das universidades, que analisarão as 57 candidaturas para produzir um parecer, que será dado ao júri, para que se conheçam as vertentes técnico-científicas antes da votação”, explicou.

Após a atribuição dos prêmios, a organização vai elaborar um catálogo nacional e uma base de dados, nos quais caracteriza e ilustra os monumentos de cada município, dando informações de interesse ambiental, turístico, cultural e científico.

Fora do concurso ficou apenas a ilha de Santa Luzia, pois não é habitada. Confira em: www.7maravilhas.com.cv.

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