Cabo submarino para ligar Europa à América Latina já está em Cabo Verde

Da Redação
Com Lusa

O cabo submarino de fibra ótica EllaLink, para ligar Europa à América Latina, já está em Cabo Verde, informou dia 17 a operadora de telecomunicações Cabo Verde Telecom, num projeto considerado estruturante para o país ser plataforma digital.

Em comunicado, a Cabo Verde Telecom (CVT) referiu que o sistema EllaLink é um cabo submarino de fibra ótica de última geração, projetado para atender à demanda de tráfego entre a Europa e a América Latina, com possibilidade de inclusão do tráfego da região da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a partir de Cabo Verde.

O projeto está orçado em 30 milhões de dólares (24,9 milhões de euros), tem um financiamento do Banco Europeu de Investimento (BEI), no montante de 25 milhões de dólares, com o aval do Governo de Cabo Verde.

O projeto é considerado de “grande importância para o desenvolvimento das comunicações em Cabo Verde”, porque representa um “leque muito valioso de oportunidades em matéria de conectividade, mobilidade e integração”.

Segundo a Cabo Verde Telecom, a amarração do cabo vai ser realizada na quinta-feira, na praia do Portinho, em Achada Grande Trás, no concelho da Praia.

Em agosto do ano passado, a CVT lançou a construção do terminal do cabo submarino, um projeto considerado estruturante para transformar o país numa plataforma digital.

Projetado pelo arquiteto Maurício dos Santos, o edifício que vai albergar a estação do terminal do cabo submarino e está a ser construído na zona industrial de Achada Grande Frente, o primeiro bairro para quem chega à cidade da Praia por via do aeroporto internacional Nelson Mandela.

Na altura, o presidente do conselho de administração da CVT, João Domingos Correia, disse que o cabo vai passar ainda por Portugal, mas também liga a América Latina, mais concretamente o Brasil.

O sistema EllaLink é um cabo submarino de quatro pares de fibra de última geração projetado para atender à demanda de tráfego entre a Europa e a América Latina.

Segundo João Domingos Correia, o cabo vai ser uma “autoestrada” que vai ligar Cabo Verde ao mundo, juntando-se à atual estação de Cabo Submarino Wacs (West Africa Cable System) e a outro cabo chamado Atlantis II, o primeiro mais antigo e já em fase de descontinuação.

Na altura, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse que se trata de um “bom investimento” para Cabo Verde, seja em que contexto for, mas que ganha “relevância muito maior” por acontecer neste momento em que o país e o mundo vive uma crise provocada pelo novo coronavírus.

O terminal vai ser construído ao lado do Parque Tecnológico e do Data Center, que o Governo quer aproveitar para criar uma Zona Econômica Especial Tecnológica na cidade da Praia, ilha de Santiago.

“Representa uma forte aposta na transformação digital e Cabo Verde tem feito esta aposta e devemos continuar a fazê-lo com muito convicção e determinação”, apontou Correia e Silva, para quem vai alavancar tudo o que é economia digital no país.

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