Brasileira Vale repatria trabalhadores estrangeiros de Moçambique

Da Redação
Com Lusa

A companhia mineira brasileira Vale vai retirar todos os trabalhadores expatriados e suas famílias de Moçambique para os países de origem, como medida de prevenção do novo coronavírus, anunciou a empresa.

A Vale disse, em comunicado, que a medida é uma resposta da empresa às restrições impostas pelo estado de emergência que vigora em Moçambique desde 01 deste mês, no âmbito da luta contra a pandemia da covid-19.

A companhia procede assim “à retirada dos trabalhadores expatriados da Vale e empresas do Corredor [de Desenvolvimento do Norte, CDN] e seus familiares para o seu país de origem, para que fiquem mais próximos das suas famílias neste momento, dando o suporte necessário”.

A ação enquadra-se igualmente no plano interno que a empresa vinha implementando ao abrigo da resposta à ameaça imposta pela doença.

“Antes mesmo da confirmação do primeiro caso no país, a empresa já vinha reforçando algumas ações de prevenção, garantindo uma atuação preventiva”, lê-se na nota.

A medidas incluem colocar colaboradores que trabalham a partir de casa, nos casos em que tal se mostra possível, redução de pessoal nos refeitórios e autocarros, restrição do número de reuniões essenciais, cancelamento de eventos e visitas de campo e suspensão de viagens nacionais e internacionais.

A Vale explora a maior concessão de carvão mineral em Moçambique, mais concretamente na província de Tete, Centro do país, e um complexo portuário e linha ferroviária que usa para a exportação da sua produção.

Moçambique registrou oficialmente até ao momento 10 casos de infecção pelo novo coronavírus, tendo um recuperado. O país não registrou ainda nenhuma morte pela covid-19.

Desde o início da pandemia, Moçambique realizou 338 testes ao novo coronavírus.

O país vive em estado de emergência durante todo o mês de abril com espaços de diversão e lazer encerrados, proibição de todo o tipo de eventos, de aglomerações superiores a 20 pessoas e limitações na lotação de transportes.

Durante o mesmo período, as escolas estão encerradas e a emissão de vistos para entrar no país está suspensa.

As forças de segurança passam a poder intervir para cumprimento das medidas, que podem ainda incluir limitações à circulação, caso se verifique uma subida exponencial de casos.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil. Dos casos de infecção, mais de 240 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

A pandemia afeta já 52 dos 55 países e territórios africanos, com quase 9.200 infeções e 414 mortes, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da União Africana.

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