Brasil, Timor e mais três países querem erradicar trabalho infantil

Por Renata Giraldi Agência Brasil

O esforço para erradicar o trabalho infantil uniu, em 26 de outubro, os governos do Brasil, da Bolívia, do Equador, Paraguai e Timor Leste com o apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A Agência Brasileira de Cooperação (ABC) vai repassar US$ 2 milhões, por cerca de dois anos, para que os cinco países executem os projetos que propõem estratégias conjuntas para acabar com a exploração do trabalho de crianças e adolescentes.Pelos projetos assinados, os governos dos cinco países se comprometeram a erradicar o trabalho infantil até 2020. Na tentativa de pôr em prática os compromissos que deverão fortalecer as atividades de fiscalização e de identificação de saúde pública. Também serão criados os serviços de denúncia por telefone – como já existe no Brasil – e ampliadas as campanhas de sensibilização da população.De acordo com a OIT, não há números precisos sobre o trabalho infantil na Bolívia, no Equador, Paraguai e Timor Leste. Mas uma das metas dos projetos firmados é também de realizar um levantamento criterioso sobre essas atividades, identificando as regiões e a concentração por setor afetado.A diretora do Programa Internacional para Erradicação do Trabalho Infantil, Michel Jankanish, elogiou o desempenho do Brasil no combate ao trabalho infantil. “Como parte do movimento pelo fim do trabalho infantil, o Brasil foi além. Essa cooperação [por meio dos projetos firmados] é que permitirá o diálogo e o respeito pelas diferenças”, disse. Para o diretor regional da OIT no Brasil, Jean Maninat, a base para a realização dos projetos “é a solidariedade” que une os cinco países envolvidos. Segundo ele, a parceria contribui como um “impulso” para erradicar a mão de obra infantil. O embaixador do Timor Leste no Brasil, Domingos Francisco Souza, admitiu que seu país sofre com o problema.“As crianças são a nossa razão. Este ano completamos dez anos de restauração de independência e há muitos problemas”, disse o diplomata. Para o vice-ministro da Justiça e do Trabalho do Paraguai, Raúl Mongelós Schneider, é fundamental a parceria na execução dos projetos.

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