Brasil deve liderar países lusófonos, afirma CPLP

Da Agencia Lusa

O secretário-geral do Conselho Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) considera importante reconhecer “o grande papel do Brasil” na cena internacional e entende que o país deve liderar as nações lusófonas.

“Penso que pela importância tradicional do país, a comunidade de língua portuguesa deverá ser liderada pelo Brasil”, diz Francisco Mantero.

Para ele, isso é uma “inevitabilidade e será muito bom, não só pela grandeza cultural, mas econômica e da população do país”.

O Brasil chegou ao G20 e, na avaliação de Mantero, “será uma questão de tempo” para obter um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

“Muito provavelmente será um dos países vencedores da crise internacional”, acrescenta.

Mantero lembra também a recente frase do presidente Lula, que disse ser “chique e soberano emprestar dinheiro ao FMI (Fundo Monetário Internacional)”.

“Isso é algo extraordinário, pois isso foi dito em português”, afirmou o dirigente que esteve em Fortaleza para almoço de negócios, promovido na segunda-feira pela Câmara Brasil-Portugal no Ceará e Conselho das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil.

Para Mantero, Lula tem sido o maior embaixador da língua portuguesa no mundo, pois como não fala outra língua, acaba fazendo com que os outros falem o português " e isso é altamente positivo.”

G20 A cúpula do G20, realizada em Londres, segundo Mantero, registrou também outra presença importante da língua portuguesa: do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

“Todo esse movimento é fundamental para a afirmação da língua. Afirmando-se a língua, afirma-se também a capacidade empresarial de fazer negócios”, afirma.

No encontro com empresários em Fortaleza, o secretário-geral do Conselho Empresarial da CPLP revela que o comércio entre os países de língua portuguesa representa apenas cerca de um 1% do global de todos os países da comunidade.

“Mas isso tem a ver com rotas de navegação e aéreas, e a competição mundial. Não é por falarmos a mesma língua que os produtos são mais competitivos”, diz Mantero.

Falta de oportunidade O presidente do Conselho das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil, Rômulo Alexandre Soares, entende que hoje faltam oportunidades de negócios para pequenas e médias empresas no mercado de língua portuguesa na África.

“Nossa tentativa agora é alargar a internacionalização para esse segmento”, diz.

De acordo com o presidente da Câmara Brasil-Portugal no Ceará, Armando Ferreira, é preciso aproveitar a língua comum dos oitos países da CPLP para desenvolver relações comerciais entre as empresas.

“No 5º Encontro Empresarial de Negócios na Língua Portuguesa, que ocorrerá em setembro, em Fortaleza, vamos procurar diversificar as relações e desenvolver novos negócios, afirma.

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