Bancos Millennium e Atlântico em fusão no mercado angolano

Mundo Lusíada
Com Lusa

BancoMillenniumBCP_logoO Banco Millennium Angola (BMA) e o Banco Privado Atlântico (BPA) vão avançar com uma fusão no mercado angolano, com a primeira instituição a ficar com uma participação de 20% no novo banco, anunciou o Banco Comercial Português (BCP).

O banco liderado por Nuno Amado realçou em comunicado que esta fusão reforça a sua capacidade de expansão em Angola, permitindo “obter condições para crescer em contexto adverso” e, simultaneamente, adaptar-se às implicações decorrentes da alteração da equivalência de supervisão decidida no final do ano passado pela Comissão Europeia relativamente ao país africano.

O memorando de entendimento com o maior acionista do BPA, a Global Pactum – Gestão de Ativos, foi assinado e, caso se concretize a fusão, vai criar a segunda maior instituição privada em crédito à economia angolana, com uma quota de mercado aproximada de 10% em volume de negócios.

Na bolsa
O banco que vai resultar da fusão vai ser cotado numa bolsa africana no espaço de três anos. “O objetivo é cotar o banco numa bolsa africana até 2019”, avançou à agência Lusa a referida fonte, que pediu para não ser identificada, especificando que, caso a praça acionista de Luanda entre em funcionamento entretanto, vai ser lá que vai ser admitida a nova instituição financeira.

O projeto de fusão está a ser preparado desde maio, tendo sido aprovado pelos principais acionistas do BCP e do BPA, e a expectativa das partes é que esteja concluído no primeiro trimestre de 2016, após as necessárias autorizações dos reguladores e a aprovação nas reuniões magnas dos dois bancos angolanos.

As sinergias de custos resultantes desta fusão estão estimadas em 20 milhões de euros por ano.

Já o impacto positivo da operação no rácio de capital ‘common equity tier 1’ (CET1) do BCP ascende a 37 pontos base, isto, em base ‘phased in’ (em transição para a total implementação das novas regras europeias de capital).

O BCP lançou o BMA em 2006 e, no final de 2007, abriu o seu capital à petrolífera angolana Sonangol e ao BPA, que controlam 49% da entidade.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: