Assassinado o candidato a presidente de Guiné-Bissau, Baciro Dobó

A morte do candidato, durante a madrugada, não adiou as eleições marcadas para 28 de junho.

Da RedaçãoCom agencias

Baciro Dabó, candidato presidencial e ministro da Administração do Território do atual governo, foi assassinado às 2h (horário de Cabo Verde) de sexta-feira 05 de junho, em Bissau. Os serviços de informação do país denunciam que estaria envolvido numa tentativa de golpe de Estado.

Segundo a Inforpress, a morte de um candidato segundo opinião do jurista Vladimir Wamaim, baseado lei, leva ao adiamento das eleições e as autoridades devem marcar nova data, num prazo razoavelmente aceito.

Em Bissau, circulam fortes informações de que o poeta Hélder Proença, antigo ministro da Defesa, também foi assassinado, embora oficialmente não haja nada de concreto. Os dois estavam, alegadamente, envolvidos numa tentativa de golpe de Estado, aparentemente, liderada por Hélder Proença.

A informação de golpe de Estado foi divulgada pela Direção-Geral dos Serviços de Informação do Estado, citada pelo Portugal Digital.

O candidato presidencial guineense Baciro Dabó foi assassinado de madrugada com vários tiros, disparados por homens vestidos com uniformes militares, na sua residência em Bissau.

"Eram homens vestidos com uniformes militares, segundo nos informaram os seguranças de Baciro Dabó", refere fonte da candidatura de Baciro Dabó, precisando que o ataque à residência de Baciro Dabó ocorreu cerca das 3:00 horas locais (2h00 na cidade da Praia).

Pouco depois de ser conhecida a morte do candidato, dezenas de apoiantes e vizinhos do bairro da Ajuda, a três quilômetros do centro de Bissau, concentraram-se junto à residência de Baciro Dabó. Quatro horas depois do ataque, as autoridades policiais ainda não tinham se deslocado ao local.

Auto-intitulado "Zidane" da política guineense, Baciro Dabó era considerado um homem próximo do ex-presidente "Nino" Vieira, assassinado no passado 02 de Março, de quem foi conselheiro para a segurança. Cantor e antigo jornalista, Baciro Dabó defendia na sua candidatura às presidenciais uma "ruptura com o passado".

Mantida data de eleiçãoEm 09 de junho, o presidente interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, anunciou que está mantida a data das eleições presidenciais no país para 28 de junho.

“Ouvidos todos os candidatos ou mandatários, os partidos políticos, a Comissão Nacional de Eleições, o governo e ponderando cuidadosamente os argumentos apresentados, tomei a decisão de manter o dia 28 de junho de 2009 como a data para a realização das eleições presidenciais”, afirmou Pereira.

“Quero nesta ocasião apelar a todos vós para que continuem a manter a calma e a serenidade que a Guiné-Bissau tanto precisa”, pediu o chefe de Estado interino guineense.

Além disso, ele pediu também para se cumprir o “dever cívico num ambiente de unidade nacional, sentido de Estado e responsabilidade política”.

A realização das eleições presidenciais antecipadas na Guiné-Bissau em 28 de junho esteve em causa devido à morte do candidato Dabó, o que poderia levar ao adiamento do início da campanha eleitoral.

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