Angola e Moçambique integram lista de 11 países que recorreram ao BNDES

Mundo Lusíada com EBC

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro divulgou nesta sexta-feira na sua conta pessoal do Twitter um link do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que identifica os 11 países que usaram recursos do banco e as razões para esse empréstimo.

“Ainda vamos bem mais a fundo! BNDES divulga interessante link identificando os países que usaram os recursos financeiros do Brasil e os motivos dos empréstimos. Tire suas conclusões”, escreveu na rede social.

A página do BNDES apresenta o detalhamento de contratos com Angola, Argentina, Costa Rica, Cuba, Equador, Gana, Guatemala, Honduras, México, Moçambique, Paraguai, Peru, República Dominicana, Venezuela. Segundo o banco, o país ou empresa importadora assume a responsabilidade de pagar o financiamento ao BNDES, com juros, em dólar ou euro. Por isso, os contratos de financiamento à exportação envolvem três partes: a empresa brasileira exportadora, o importador e o BNDES.

Durante a campanha eleitoral Bolsonaro, afirmou que iria “abrir a caixa preta do BNDES e de outros órgãos”. No início deste mês, o presidente foi às redes sociais reafirmar o compromisso de “revelar ao povo brasileiro o que feito com seu dinheiro nos últimos anos” e disse que muitos contratos seriam revistos.

Em Angola, por exemplo, aparece uma extensa lista de financiamento, encabeçada por um valor de um bilhão de dólares com recursos BNDES para segunda etapa de construção da Avenida N’Gola Kiluange em Angola.

Em Moçambique, estão obras no Aeroporto de Nacala e na Barragem de Moamba Major. O aeroporto, chamado de “aeroporto fantasma” em 2017 em reportagem da BBC, foi construído pela Odebrecht em Moçambique, através de um empréstimo de US$125 milhões de recursos do BNDES.

Entre todos os tomadores de recursos, aparecem Petrobrás (a principal da lista com R$ 62,429 bilhões em recursos), Embraer, Norte Energia, Vale, Construtora Norberto Odebrecht, Tim, Telefônica, Oi e o Estado de São Paulo entre os dez maiores.

Segundo o BNDES, o órgão financia exportações de engenharia brasileira para obras no exterior desde 1998. Os recursos do BNDES envolvidos nessas transações são sempre liberados no Brasil, em reais, para a empresa brasileira exportadora.

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