Angola declara estado de calamidade pública e mantém cerca sanitária em Luanda

Da Redação
Com Lusa

O Governo angolano aprovou nesta segunda-feira a declaração do estado de calamidade pública, com novas regras de funcionamento dos serviços públicos e privados para prevenção da covid-19, mantendo-se a cerca sanitária em Luanda até 09 de junho.

O diploma foi aprovado na 4.ª sessão extraordinária do Conselho de Ministros, que se realizou na Cidade Alta, em Luanda.

As medidas vão começar a vigorar logo após o terceiro período de estado de emergência, que termina hoje às 23:59, depois de ter sido declarado pela primeira vez em 20 de março.

Angola conta atualmente com 69 casos de infecção pelo novo coronavírus, dos quais 4 resultaram em óbitos.

A ministra da Saúde angolana, Sílvia Lutucuta, informou que os oito novos casos são de contaminação local, sete dos quais são da cerca sanitária do Futungo, todos assintomáticos, e o outro de uma clínica privada, que também presta assistência a casos de covid-19, que partilhava enfermaria com o caso 50, paciente de 88 anos, que morreu.

Segundo a ministra, o novo infetado da clínica privada é um doente com cancro em fase avançada, insuficiência renal aguda e apresenta agora diagnóstico de covid-19, sendo por isso um paciente considerado de risco, apesar de não manifestar até ao momento nenhuma manifestação clínica associada ao novo coronavírus.

A ministra avançou que a cerca sanitária no piso desta clínica privada, implementada no dia 19 deste mês, após o diagnóstico do caso 50, e como medida de saúde pública, de vigilância epidemiológica e laboratorial, todos os pacientes e profissionais de saúde estão a ser testados e avaliados.

Em África, há 3.348 mortos confirmados em mais de 111 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (1.178 casos e seis mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (719 casos e sete mortos), Cabo Verde (390 casos e três mortes), São Tomé e Príncipe (291 casos e 11 mortos), Moçambique (194 casos) e Angola (69 infetados e quatro mortos).

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou quase 345 mil mortos e infetou mais de 5,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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