59 imigrantes regressaram em janeiro ao país de origem com ajuda da OIM

Com a ajuda da Organização Mundial para as Migrações, imigrantes escolhem deixar Portugal. A maioria brasileira quer aproveitar o bom momento econômico no país de origem.

Da Redação Com Lusa

 

Naiara Moreira é imigrante brasileira a viver em Portugal, ficou sem emprego e já pondera o regresso ao Brasil, com o marido e o filho, Leiria, 13 de fevereiro de 2011. Com atual crise econômica e falta de emprego, muitos imigrantes procuram a Associação Imigrante no sentido de os ajudarem a regressar ao país de origem. Paulo Cunha/LUSA

 

Cerca de 60 imigrantes, a maioria brasileiros, regressaram em janeiro aos seus países de origem ao abrigo do Programa de Apoio ao Retorno Voluntário. Marta Bronzin, representante da Organização Mundial para as Migrações (OIM) em Portugal, que promove o programa de apoio co-financiado pelo Estado, indicou que dos 59 imigrantes que regressaram em janeiro, 47 são brasileiros, quatro são-tomenses, quatro angolanos. Há ainda um cidadão de cada um dos seguintes países: Nepal, Bangladesh, Guiné-Conacri e Mali.

Atualmente o número de pessoas inscritas no programa é de 172, das quais 152 de nacionalidade brasileira. Em setembro do ano passado, a mesma responsável informava que o número imigrantes a pedir ajuda para sair de Portugal quadruplicou desde 2006.

Marta Bronzin salientava que o apoio é cada vez mais procurado pelos estrangeiros que estão numa situação de “desespero” em Portugal. “Este programa é destinado a pessoas que não têm outros recursos. Em geral, quem recorre ao apoio está numa situação delicada e em desespero”, disse.

Segundo dados da OIM, o número de pedidos passou dos 252, em 2006, para os 1011, no ano passado. Só nos seis primeiros meses de 2010 foram 891.

Marta Bronzin informou que são os brasileiros quem mais pede apoio: por constituírem a maior comunidade estrangeira em Portugal e porque o país de origem está atualmente em crescimento econômico.

Nos pedidos nota-se uma subida no número de famílias, principalmente brasileiros com filhos nascidos em Portugal. Marta Bronzin disse também que são cada vez mais os imigrantes com autorização de residência a procurar ajuda, apesar da maioria continuar a ser de imigrantes em situação irregular.

A representante da OIM sublinhou que o desemprego, empregos precários e dificuldades no processo de legalização têm aumentado as inscrições, sobretudo nos últimos dois anos.

 

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