Treinador entre os 50 portugueses que saíram da Ucrânia em missão de repatriamento

Da redação com Lusa

Cerca de 50 portugueses saíram da Ucrânia nas últimas horas nas missões organizadas pela embaixada portuguesa em Kiev e serão repatriados nas próximas horas, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

O treinador de futebol português Paulo Fonseca, com a sua família, já deixou a Ucrânia rumo à Romênia, pela Moldávia, confirmou hoje à Lusa a assessoria do técnico.

O antigo treinador de Roma, Shakhtar Donetsk, Sporting de Braga e FC Porto, entre outros, deixou a capital ucraniana na quinta-feira, através da missão de repatriamento da embaixada de Portugal em Kiev, de acordo com a mesma fonte contactada pela Lusa.

Um grupo de repatriados lusos, entre os quais se incluíam Paulo Fonseca e a sua família, foi transportado por via terrestre para a Moldávia, tendo como destino a Roménia, onde vai permanecer até ao regresso a Lisboa, de avião.

Antes, deve chegar o futebolista Nélson Monte, o único português no campeonato ucraniano, que, desde quinta-feira, tentava deixar o país e já chegou à Roménia, juntamente com alguns companheiros de equipa no Dnipro, tendo prevista a viagem de Iasi para Lisboa, com escala em Viena, ainda hoje.

O defesa natural de Vila do Conde, de 26 anos, esteve nas últimas semanas em estágio na Turquia, tendo regressado à Ucrânia na quarta-feira. Na madrugada do dia seguinte, teve início a ofensiva russa no país.

Operação

Segundo Augusto Santos Silva, “a partir do momento em que estejam concentrados e formem um único grupo”, na Romênia, será assegurado “o repatriamento por via aérea”.

O ministro recordou que a “deslocação foi organizada anteontem e ontem [quinta e sexta-feira]com saída por via terrestre na direção da Roménia”, destino ao qual um dos grupos já chegou.

Nesse grupo, inicialmente composto por 41 pessoas, seis ficaram para trás por serem homens luso-ucranianos entre os 18 e os 60 anos, e poderem ser chamados para combate ao abrigo da lei marcial no país.

Esse grupo “mais avançado, que saiu logo com o senhor embaixador, é constituído por 35 pessoas e está neste momento no Norte da Roménia, alojado já em território romeno, e está já a ser apoiado pela embaixada portuguesa em Bucareste”.

Quanto ao segundo grupo, é composto por “uma carrinha na qual vêm 13 pessoas, e esse grupo acaba de passar a fronteira da Ucrânia para a Moldova”, já estando também fora da Ucrânia “a caminho da Roménia”, e conta com “apoio da embaixada em Bucareste”.

O ministro esclareceu ainda que as operações de saída de portugueses estão a contar com o apoio de militares lusos “desarmados”, que reforçaram a comitiva da embaixada em Kiev.

“São operacionais habituados a estas operações, como eles dizem, de ‘exfiltração’, portanto de retirar pessoas”, não devendo este auxílio ser tomado como “qualquer ação militar que esteja em curso”.

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