Trajes novos fazem rancho Camponeses de Portugal sonhar com federação

Por Igor Lopes
Do Rio para Mundo Lusíada

Rancho Camponeses de Portugal. Foto: Divulgação

O rancho folclórico Camponeses de Portugal apresentou, no dia 30 de outubro, na sede campestre do clube, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, os seus novos trajes. Após anos se apresentando com roupas que mencionavam várias partes de Portugal, o rancho deu um passo importante para se tornar federado. Agora, o grupo utiliza trajes que destacam especificamente a localidade de Zebreiros e o conselho de Gondomar, que pertence ao distrito do Porto.
Segundo Manuel Coelho, presidente do clube Camponeses de Portugal, a apresentação dos novos trajes, num evento que reuniu centenas de pessoas, aconteceu numa “tarde memorável”. Este responsável confirmou que as ambições do rancho estão focadas na sua inclusão na Federação do Folclore Português. “A nossa ambição é fazer com que o nosso rancho seja federado”, afirmou Manuel Coelho.
O presidente do clube ressaltou que para conseguir fazer parte da federação, era imprescindível o rancho apresentar roupas que trouxesse à memória a cultura e os hábitos dos antepassados da região do conselho de Gondomar. Os novos trajes representam costumes “dos finais do século XVIII e início do século XIX”. O rancho exibiu a nova “roupagem” com a ajuda de 51 componentes, sendo 15 somente na tocata.
Manuel Coelho não revelou a quantia gasta na confecção das roupas, que foram feitas em Portugal, mas assegurou que o investimento foi “bem alto”. Este responsável contou, no entanto, que todo o valor foi custeado através do esforço dos componentes do rancho, que arregaçaram as mangas e foram à luta para angariar fundos através de festas, bingos, rifas e leilões, entre outras ações.
“Queremos continuar a defender as tradições da região de Gondomar, mais precisamente de Zebreiros”, sublinha Manuel Coelho.
De acordo com César Soares, presidente da Delegação da Federação do Folclore Português no Brasil, o grupo Camponeses de Portugal fez “uma mudança radical” no seu visual.
“Eles usavam trajes e cantares de diversos locais de Portugal e, agora, com a ajuda da senhora Rita, diretora e ensaiadora do rancho folclórico de Zebreiros, em Portugal, são uma cópia fiel do rancho daquela localidade portuguesa. São trajes que representam roupas usadas há mais de 100 anos”, destaca César Soares, que indica que o grupo está no bom caminho para conseguir alcançar o sonho de ser federado.
“Esse é apenas o início de um trabalho. O clube tem que mostrar o que pretende para o futuro. Não adianta fazer esse trabalho, entrar uma nova diretoria e não dar continuidade ao que foi feito”, elucida César, que avalia que para um rancho ser federado, “o principal é se vestir, dançar e cantar respeitando os usos e costumes de uma micro região”.
“O rancho deve se apresentar como um grupo daquela terra, com autenticidade”, argumenta.

Folclore volta a “invadir” sede campestre
No próximo dia 20 de novembro, às 11 horas, a sede campestre do clube vai ser palco da comemoração pelos 39 anos de fundação do rancho folclórico da casa.
Para celebrar essa data, o clube vai promover um encontro de folclore com a participação de cinco ranchos. Vão se apresentar Casa de Viseu, Arouca Barra Clube, Lavradeiras de Portugal (Casa Aldeias de Portugal), Guerra Junqueira (Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro) e Camponeses de Portugal. Os dois últimos ranchos vão ser observados pelo presidente da Federação do Folclore Português, Fernando Ferreira, com o intuito de se tornarem federados.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: