Santa Marta dos Navegantes comemora 25 anos de fundação com grupo madeirense

Por Odair Sene
Na noite de 25 de novembro, o Rancho Folclórico Santa Marta dos Navegantes comemorou mais um aniversário de fundação, com presença de muitos amigos e da unida família Santa Marta.
A festa de 25 anos marcou uma data chave na história do grupo. “É uma data maravilhosa e estamos muito felizes por chegar aos 25 anos defendendo e divulgando a cultura portuguesa, para nós é uma grande alegria. Tenho muito que agradecer ao Brasil, aos brasileiros, por dar continuidade a nossa raiz que é Portugal”, diz a fundadora Maria Dulcina.
O evento deu início no palco com o Grupo Folclore e Etnografia Região Autônoma da Madeira, da Casa Ilha da Madeira de SP, com apresentação da Maria Vieira Sardinha Gonçalves, que fez homenagem ao coirmão aniversariante.
Na sequencia, entrou o aniversariante R.F. Santa Marta se apresentando com trajes novos (estreando trajes do Minho). Na entrada do grupo, a diretora Maria Dulcina pediu um minuto de silêncio em homenagem ao jovem folclorista Adriano Francisco que faleceu em 26 de outubro deixando boa parte da comunidade transtornada. Depois, prestou homenagem também a cada um dos integrantes do rancho entregando uma lembrança para cada componente.
Essa noite, os integrantes estrearam trajes folclóricos do Minho. Eles foram adquiridos durante a última viagem do grupo a Portugal, segundo a diretora do Santa Marta. “A cada dois anos com o que a gente consegue arrecadar, eu estou levando esses brasileiros do rancho para conhecerem vários lugares de Portugal, para eles saberem o que estão representando no Brasil. Há dois anos levei mais de 20 pessoas, esse ano levei mais 20 pessoas”.
Na última passagem por Portugal, eles estiveram em Viana do Castelo e compraram todos os trajes representando Santa Marta de Portuzelo. “Hoje vamos entrar representando a Vila de Portuzelo”. O grupo representa várias regiões de Portugal, até porque “somos navegantes” diz a diretora. “Em cada região que vamos, que existe outras representações como Arouca, Açores, Ilha da Madeira, representamos também. Mas hoje, como são 25 anos, estamos especificamente com todos os trajes de Santa Marta de Portuzelo”.
O ensaiador Luizinho também recebeu elogios da diretora. “O trabalho dele só veio incrementar mais nosso trabalho. Como já era sanfoneiro, ele veio complementar o que já estávamos fazendo, e está há muitos anos com a gente. Estive com ele em Portugal há dois anos e fomos a várias regiões saber o que poderíamos representar aqui no Brasil, para não apresentar no palco sempre as mesmas coisas. Mas é difícil, primeiro porque as roupas em Portugal são caríssimas. Então o que a gente arrecadar é para viajar e comprar trajes novos para o brasileiro ver o que é Portugal representado no Brasil”.
Ao Mundo Lusíada, Dulcina comentou sobre a parceria entre folcloristas, como o pessoal de Campinas que também participaram da festa. “A bandeira que nós levantamos é a mesma, então se um coirmão está precisando da gente, por que não dar uma mão? Se todos fizessem isso existiria mais harmonia e compreensão entre os ranchos folclóricos, não existiria tanta rivalidade como existe. Eu, toda a vida, desde que comandava outro rancho sempre falei isso. Independente de ser uma casa regional, de não ter uma entidade, a bandeira é a mesma”.
Para a diretora do Santa Marta, é “lamentável” algumas atitudes no meio folclórico de São Paulo. “As pessoas acham que são melhores que os outros. A nossa bandeira é uma só, temos que respeitar o nosso coirmão que está defendendo uma bandeira, independente de qualquer coisa” finalizou ela que comandou, com as filhas uma grande festa.

2 Comments

  1. Gostei muito de ler este artigo ,me emocionei muito em saber que isiste pessoas a espalhar as nossas tradições por esse Mundo alem . Por acaso conheço quase tôdos os componentes do Sta. Marta dos Navegantes , e sei que eles teêm orgulho das suas raízes , ( Portuguesas ) Pois tambem sou Portuguesa e Imigrante como eles . Um bem haja a tôdos , e muita paz e união a tôdos nesse Novo Ano que se apróxima , para continuarem a divulgar a nossa cultura , abraço grande .

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