Reeleito no Conselho da Europa, Paulo Pisco quer mapear diásporas

Da Redação com Lusa

O deputado do PS pela Europa Paulo Pisco foi nesta quinta-feira reeleito presidente da subcomissão das Diásporas da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa e entre as suas prioridades está o mapeamento das diásporas nos 47 países deste organismo.

“Estou muito empenhado, no Conselho da Europa, em promover a valorização da importância e do potencial que as diásporas têm para cada um dos países-membros do Conselho da Europa”, disse à agência Lusa o deputado, após ter sido reeleito, por unanimidade.

Paulo Pisco já tinha sido eleito para esta função, mas o seu programa foi interrompido pela pandemia de covid-19, cujas medidas de contenção impediram a concretização do mesmo.

Agora, acredita que existem condições para o programa ser aplicado e a prioridade é dar “a visibilidade das questões relacionadas com a diáspora”.

“Porque as grandes questões relacionadas com os grandes fluxos migratórios, os refugiados, direito de asilo, todas essas questões, têm maior visibilidade e estou completamente empenhado em que as diásporas tenham uma visibilidade muito maior”, explicou.

Outro objetivo do deputado socialista eleito pelo Círculo da Europa é também que “Portugal possa ser visto como um país de referência no domínio das diásporas”, o que não acontece com todos os Estados-membros do Conselho da Europa.

Aliás, um dos seus propósitos é “sensibilizar muitos dos países que são membros do Conselho da Europa que não têm o mesmo tipo de relacionamento com as suas diásporas”.

“É muito diverso, cada país tem uma forma de se relacionar com elas e que vão desde países que têm políticas públicas que lhes são dirigidas e outras que praticamente as ignoram”, acrescentou.

Sobre Portugal, Paulo Pisco considerou que “é um país exemplar no domínio da relação com as suas diásporas”.

E sublinhou: “Desde ao advento da democracia [Portugal] tem representantes na Assembleia da República das suas comunidades, e isto muda completamente a relação que um país pode ter com o seu povo espalhado pelo mundo. Temos uma estrutura que valorizam a diáspora, temos uma secretaria de Estado que tem a missão de elaborar as políticas públicas para estreitar relacionamento entre os compatriotas no estrangeiro, temos um órgão de consulta, que é o Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP).

Relativamente às prioridades do seu mandato de reeleição, o deputado enumerou um mapeamento das diásporas, “fundamental para fortalecer os laços entre as comunidades e os seus países de origem”.

“O mapeamento é algo que permite a cada país saber quantos são os seus cidadãos residentes no estrangeiro, onde estão, o que fazem, quais as suas expectativas, conhecê-los para que sejam desenhadas melhores políticas para as comunidades”, afirmou.

As outras três prioridades elencadas foram a criação de um Livro Branco sobre as melhores práticas na relação entre países e as suas diásporas, a criação do Fórum Europeu das Diásporas e a colaboração com a Conferência dos Poderes Locais e Regionais.

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