Presidente da Casa de Portugal de Campinas avalia situação econômica em ano de distanciamento social

Vagner Vieira falou da sua gestão, do ano atípico e da retomada da agenda apenas em 2021, com novidade

Por Odair Sene
Mundo Lusíada

O presidente da Casa de Portugal de Campinas, Vagner Vieira, conversou nesta quinzena com o Mundo Lusíada para avaliar a situação econômica e social da sua entidade, em um ano atípico, de pandemia e de imposição com distanciamento social.

Vagner Vieira assumiu a entidade em 1º de janeiro deste ano, e jamais poderia imaginar que seu primeiro ano de gestão fosse limitado a quase nada em termos de frequência de público e receitas. “Um ano atípico para todos. Uma situação que modificou hábitos da população mundial, desfez crenças e trouxe incertezas. Todos no mesmo mar em barcos diferentes”, disse.

Indagado sobre os prejuízos causados em sua gestão, ele disse que os problemas “tem que ser enfrentados”, e sua gestão será encerrada em dezembro de 2022. “Os problemas surgem e têm que ser enfrentados, analisados e solucionados na melhor forma. A gestão teve início em jan/2020 e terá seu término em dez/2022. É uma honra ocupar esse cargo. Minha responsabilidade como gestor é fazer um bom trabalho e preparar o campo para o sucessor”.

Segundo o presidente, a Casa está sobrevivendo sem eventos, sem recursos, mas com os meios informáticos e mantendo contato com seu público frequentador, porém Vagner Vieira garante que o contato pessoal faz muita falta.

“É um assunto interessante que me leva a pensar o comportamento social contemporâneo onde a internet com suas redes sociais, virtuais, nos levam a interagir virtualmente e ainda temos expectativas contrariadas online e offline, se nos firmarmos em interesses próprios. Criamos avatares e ambientes insólitos. Nós temos sim utilizado as redes sociais para contato, mas a alegria e calor humano das boas prosas, das risadas, dos abraços, nos faz muita falta”.

Apesar da falta de eventos, e de receitas, Vagner (que é da área contábil) falou que tiveram que ajustar as contas e criar mecanismos de receitas. “Graças a Deus estamos a conseguir passar por esse período com as obrigações em dia”.

Uma das alternativas criadas pela direção da Casa foi de se dedicar a produção e venda de pratos típicos da culinária portuguesa para ter alguma receita, mas antes de tudo isso mantém “laços” com sua comunidade.

“O propósito de trabalhar com encomendas e retirada no local, de pratos da culinária portuguesa apresenta-se mais como meio de manter laços com a comunidade, do que auferir lucros, entretanto estamos com balanço bem favorável. É bem trabalhoso, mas a Diretoria e amigos apaixonados por Portugal e manter a Casa nos leva a trabalhar com satisfação”.

Vagner Vieira, presidente da Casa no ano da pandemia, disse esperar a retomada de eventos somente em 2021, com muita consciência e protocolos sanitários.

“Temos ideias na mente, e planos no papel, mas a retomada será consciente, diligente, corajosa e com muita fé. Pretendemos retomar as festas obedecendo os protocolos sanitários e a legislação vigente. Queremos também iniciar com um sarau mensal onde as pessoas se encontrem para se expressarem artística e culturalmente. Tenho um sonho de levar o folclore português aos bairros da cidade. Que façamos um presente cheio de esperança e prosperidade”, referiu o presidente.

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