Presidente convida portugueses a redescobrirem o patrimônio cultural

Presidente Marcelo Rebelo de Sousa durante uma visita à Torre de Belém por ocasião da reabertura ao público no Dia Internacional dos Museus, 18 de maio de 2020. MÁRIO CRUZ/LUSA

Mundo Lusíada
Com Lusa

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, convidou os portugueses a “redescobrirem o encanto” do patrimônio cultural de Portugal, programando férias no país e fazendo visitas aos monumentos que há muito tempo não visitam.

O chefe de Estado deixou esta mensagem na segunda-feira em visita à Torre de Belém, em Lisboa, acompanhado pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, no dia em que os museus e monumentos voltaram a estar abertos ao público, depois de semanas encerrados devido à pandemia de covid-19.

Marcelo Rebelo de Sousa pediu aos portugueses para “fazerem aquilo que no dia a dia muitos não fazem, que é conhecer o que é fundamental no patrimônio” de Portugal, observando: “Os estrangeiros visitam, conhecem, e nós de repente damo-nos conta de que não conhecemos ou não visitamos há muitos anos, muitos, muitos anos, o que é imperdoável”.

“Não é apenas o apelo a que em junho, em julho, em agosto, em setembro passeiem em Portugal, fiquem em Portugal e programem as vossas férias em Portugal, mas aproveitem para fazer turismo cultural, com crianças e com jovens. E começar na Torre de Belém é começar num dos grandes monumentos da nossa pátria”, acrescentou.

O Presidente reforçou o convite aos portugueses para “regressarem àquilo que foram visitas do passado e, de alguma maneira, redescobrirem o encanto” de Portugal, “também no patrimônio cultural, que é riquíssimo”.

Já nesta terça-feira, o Presidente recebeu no Palácio de Belém uma caixa de cerejas do Fundão, associando-se à campanha de entregas em todo o país como forma de apoiar os produtores locais.

Segundo nota da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa recebeu nesta tarde “uma caixa de cerejas, numa entrega testemunhada pelo presidente da Câmara [Municipal do Fundão], Paulo Fernandes”.

O Presidente considera que esta “é uma forma inovadora de distribuir diretamente e em segurança a cereja do Fundão e de apoiar os produtores de uma marca nacional certificada” e refere que as informações sobre a campanha estão disponíveis em cerejadofundao.cm-fundao.pt.

Liberdade e responsabilidade

O secretário de Estado da Saúde afirmou neste dia 19 que a nova fase de desconfinamento não deve justificar um “relaxamento” dos cuidados de segurança, sublinhando que a mensagem do Governo é a de “liberdade sim, mas com responsabilidade”.

“A mensagem que vamos passando e que queremos continuar a passar é aquela em que as pessoas percebam que tem de haver um bom senso e tem de haver um equilíbrio”, disse António Lacerda Sales, durante a conferência de imprensa diária sobre a situação epidemiológica em Portugal.

O secretário de Estado elogiou ainda o comportamento dos portugueses durante a pandemia, sublinhando que o respeito pelas normas de segurança deve continuar a ser preponderante nesta fase.

O Governo aprovou na sexta-feira novas medidas para a terceira semana em situação de calamidade devido à pandemia.

As novas medidas preveem, entre outras, a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.

Portugal contabiliza 1.231 mortos associados à covid-19 em 29.209 casos confirmados de infecção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 13 mortos (+1,1%) e mais 173 casos de infeção (+0,6%).

O país entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

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