Poveiros do Brasil receberam visitantes da Póvoa de Varzim no Rio e em São Paulo

Mundo Lusíada

O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, participou, neste mês de janeiro das comemorações dos 90 anos da Casa dos Poveiros do Rio de Janeiro, em que se fez acompanhar pelo Rancho Poveiro.
Na programação do dia 11, aconteceu uma celebração eucarística na Igreja de Santo António dos Pobres, seguida de uma sessão de boas-vindas no Salão Nobre da Casa dos Poveiros com a presença do Cônsul de Portugal, Jaime Leitão, e do Vice-Presidente da Casa dos Poveiros do Rio de Janeiro, Renato Figueiredo.
Na manhã do dia 12 de janeiro, Aires Pereira descerrou uma placa de homenagem póstuma ao antigo Presidente da Casa dos Poveiros do Rio de Janeiro, Carlos César Santos, mais conhecido por “Carlinhos”. Depois aconteceu o almoço de aniversário e apresentação do Rancho Poveiro.
Durante o espetáculo, Aires Pereira fez uma intervenção na qual agradeceu a presença de todos neste aniversário, constatando que “a vossa presença é o melhor estímulo e ânimo para que o Rancho Poveiro tenha atravessado o Atlântico para partilhar convosco aquilo que é a nossa cultura, as nossas tradições, em suma, a Póvoa de Varzim”.
O Presidente da Câmara revelou que “é sempre um grande conforto de estar aqui convosco. Por isso, sempre que há um número redondo para celebrar fazemos questão de cá trazer o Rancho Poveiro. São 34 elementos que estão aqui conosco e que, ao longo de um ano, se organizaram e ensaiaram para trazer até vós um pouco do cheiro do mar da Póvoa. Vir até ao Rio de Janeiro, trazer este grupo de pessoas e poder partilhar convosco este sentimento é algo que tenho feito enquanto responsável autárquico”, lembrou.
Aires Pereira fez ainda um apelo para que ajudem a manter aquela casa regional no Rio, para que se mantenha como uma “casa de encontro”. “É preciso que a ajuda venha de fora para dentro e nos juntemos todos à volta de quem vier a ter responsabilidades na direção e destinos desta Casa”, disse se disponibilizando também a ajudar e ainda prometeu estar presente da solenidade de posse do próximo presidente.

São Paulo
Em São Paulo, aconteceu na noite do dia 18 uma “Noite da Gala à Poveira”. Um jantar realizado na Associação dos Poveiros com apresentação do Rancho Folclórico Poveiro e da Tocata do Grupo Raízes de Portugal. Junto dos visitante esteve também o presidente da Casa dos Poveiros do Rio, Renato Figueiredo, acompanhado de sua senhora.
Na breve solenidade tivemos algumas trocas de mimos e visitas ainda em outras localidades, como na Igreja de Santa Cecília em São Paulo e na Casa de Portugal no domingo, onde se organizou um evento intitulado “Folclore Canta e Dança Portugal” com apresentação do Grupo Folclórico Raízes de Portugal, Grupo Folclórico da Casa de Portugal de São Paulo e do visitante da Póvoa, o Rancho Poveiro.
Para a folclorista Fátima Macedo (do Rancho Pedro Homem de Mello de SP), o visitante presente no evento é uma grande demonstração do rico folclore poveiro, “um rancho que mantém sempre a mesma classe, a mesma postura, a mesma elegância a beleza do dançar a maravilhosa tocata e coro, as cantadeiras sem igual”, elogiou ela numa rede social dizendo os ouve desde criança parabenizando também o ensaiador Jacinto Sá, “por manter esta perfeição e parabéns a todos integrantes por nos proporcionar esses momentos únicos… Ala Riba”.

Câmara da Póvoa
Falou ao Mundo Lusíada, em representação ao grupo vindo da Póvoa de Varzim, o Presidente da Câmara Municipal Sr. Aires Henrique do Couto Pereira (PSD), que disse sobre o principal objetivo da viagem, que foi participar das comemorações dos 90 anos da Casa dos Poveiros do Rio de Janeiro, sendo uma das casas regionais mais antigas existentes no Brasil.
“Depois eu combinei aqui com os responsáveis da Casa dos Poveiros de São Paulo, para fazermos uma visita e para, de alguma forma também, sentir aquilo que é a forma como a comunidade está organizada e dar meu modesto contributo, se eventualmente precisarem dos serviços do presidente da Câmara, e do Município, aqui estou, esta é minha missão”, disse o poveiro que chegou ao Brasil na sexta feira, dia 17 de janeiro, retornando já no dia 20.
O responsável esteve acompanhando o Rancho Folclórico Poveiro, que pertence à Câmara (é mantido pela Câmara Municipal) e, portanto, tendo como “chefe” o presidente da instituição.
“Sempre que há uma data redonda em nossas comunidades nós fazemos deslocar o Rancho Folclórico Poveiro, que é uma organização da Câmara, e portanto, nós organizamos a visita e criamos condições para que seja possível a um número grande de pessoas (cerca de 40 componentes) para poderem estar no Brasil vários dias, sabe que não é fácil criarmos condições para tantos dias, portanto a Câmara proporciona a vinda do Rancho Poveiro às nossas comunidades, e é uma forma das pessoas matarem um bocadinho da saudades do Portugal que deixaram do lado de lá, e este grupo é que identifica o Concelho da Póvoa de Varzim, que é (digamos) o grupo oficial do município”, explicou o presidente valorizando o Rancho Poveiro ensaiado pelo Jacinto Sá.

Investimentos e assuntos econômicos
Conforme o presidente da Câmara, Aires Pereira, os assuntos pertinentes à economia local, e prováveis investimentos de emigrantes na terra natal, são tratados de forma muito natural e há sim, sempre, interesses de ambas as partes.
“Eu falo com as pessoas e também sou abordado por pessoas que tem intenções de fazer investimentos, de adquirir imobiliário, e portanto, é sempre bom ouvirem a opinião do presidente da Câmara, até para evitar de serem enganados, como infelizmente a nossa comunidade emigrante tem sido, até por bancos, veja lá! Então eu faço este papel de ligação e disponibilizo os serviços do município para poder ajudar as pessoas e para verificar lá em Portugal, se os investimentos que querem fazer são investimentos sérios ou são coisas que, como está a esta distância, muitas vezes corre-se o risco de serem enganados, portanto acho que essa ‘diplomacia econômica’ também faz parte das minhas atribuições, e tento dessa maneira aproximar as pessoas que cá estão, da cidade de onde eles partiram, onde tem lá família, patrimônio imobiliário e querem saber se vale, se não vale, se a cidade está a desenvolver para aqueles lados, portanto é este trabalho que tento fazer aqui”, explicou o responsável.

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