Portuguesa comemora 91 anos de fundação com show de Roberto Leal e homenagens

Por Eulália Moreno
Mundo Lusíada

Foto: Fernanda SO

Na última edição da revista da Associação Portuguesa de Desportos, escreveu Julio Rodrigues, presidente do Banif e da Casa de Portugal de São Paulo, que a “Lusa faz parte das nossas vidas, das vidas de três gerações de Luso Brasileiros que por ela torcem intensamente independentemente dos altos e baixos vivenciados pelo time de futebol”.
E todos aqueles que esgotaram (segundo a assessoria de imprensa da Lusa) os 800 convites  vendidos a 150 reais para a grande festa do 91º aniversário compareceram ao ginásio central Mario Augusto Isaías do Canindé naquele sábado, dia 27 de Agosto, para manifestar o seu carinho pela Lusa e os agradecimentos à Diretoria, funcionários, patrocinadores, atletas e equipes técnicas das várias modalidades pelo esforço no engrandecimento dessa Associação que, é sem dúvida, uma referência e razão de orgulho para toda a Comunidade portuguesa residente no Brasil.
A partir das 19h30 uma longa fila começou a formar-se junto ao acesso enquanto lá dentro, ultimavam-se os preparativos. Personalidades como Antonio de Almeida e Silva, presidente do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira de São Paulo, José de Oliveira Magalhães (vice-presidente do Clube Português), Victorino Fontinha Rodrigues e Vital Vieira Curto (diretores da Casa de Portugal) pacientemente aguardavam a sua vez. O zeloso motorista particular de Manuel Rodrigues Tavares de Almeida dirigiu-se a um dos funcionários à entrada e solicitou que fosse dada a merecida prioridade de acesso ao presidente do Banco Luso-Brasileiro face ao seu estado de saúde, no que foi prontamente atendido tendo este sido recepcionado pelo presidente da Lusa, Manuel da Conceição Ferreira (Manuel da Lupa), e por Joaquim Justo dos Santos.  
Alguns retardatários, dentre outros, como Rui Fernão Mota e Costa (presidente do Clube Português), José Augusto Gomes de Freitas (ex-presidente da Casa de Portugal do Grande ABC) e José Guilherme Queiróz de Ataíde (cônsul geral de Portugal em São Paulo) ainda chegaram antes que a equipe do Banif, liderada pelo seu presidente e também presidente da Casa de Portugal, Julio Rodrigues, e composta por David da Fonte, Manuel Magno Alves, Antonio Freixo  e Teresa Morgado, presos no sempre imprevisível trânsito de São Paulo.
O coquetel de boas vindas incluiu diversos salgados, batidas, bebidas sortidas, sucos, refrigerantes e água e foi um momento de confraternização e alegria com todos a festejar a sensacional “virada” da Lusa que garantiu o empate na partida daquela tarde frente ao Icasa.
A cerimônia oficial teve início às 22h30 com a execução do Hino Nacional de Portugal, seguido pelo aplaudido Hino da Lusa, “Vamos à Luta” de autoria de Roberto Leal e Hino Nacional do Brasil.
O presidente Manuel da Lupa saudou os presentes e agradeceu a presença de todos assegurando que estavam ali, numa casa portuguesa, com certeza”. O jornalista Milton Neves, o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (que entretanto já havia se retirado e foi representado pelo vereador Wadih Mutran), o empresário Belarmino Marta e Julio Rodrigues, grande parceiro na promoção de eventos, ações esportivas, sociais e culturais da Lusa, foram homenageados pela diretoria da Lusa.
O técnico e os jogadores que conquistaram a Taça São Paulo de Juniores de 1991 foram muito aplaudidos quando subiram ao palco para igualmente serem homenageados: Écio Pasca e os atletas Ricardo, Roman, Servilio, Tico com a sua faixa de campeão e, representando Dêner, o Rei-zinho do Canindé, o seu filho, também Dêner.
Há sete anos que o buffet Tony Soares confecciona o jantar para o evento de aniversário e desta feita, com a sua equipe formada por 95 garçons, 20 copeiros, 5 cozinheiros e 3 “maitres” começaram por servir uma salada exótica de frango composta por lascas de frango, cenoura ralada, salsão, maçã, perfume de castanha e névoa de iogurte seguindo-se o primeiro prato (ravióli de salmão defumado ao molho limão siciliano), o segundo prato (Bacalhau à Braz) e o terceiro, medalhão de filé mignon ao molho escuro com shitake e shimeshi ao tomilho com acompanhamento de arroz e purê alvorada. Durante o jantar, assistiu-se a apresentação do “Duo Millenium” com repertório composto por músicas de sucesso dos anos 80/90.
A sobremesa consistiu num Pavê de Morango da doceira Kátia Azevedo, também responsável pelos doces servidos à saída que tanto podiam ser degustados como levados em elegantes caixinhas individuais. Bem casados servidos com Café Sachê e licores de várias qualidades completaram o cardápio.
Já passava da meia noite quando Roberto Leal acompanhado pelos 16 componentes do seu conjunto e corpo de baile iniciaram a sua atuação. Recém vitorioso do programa da RTP “O Último a sair”, Roberto Leal apresentou um show pontilhado de vários êxitos que fazem parte do seu recente lançamento em Cd Duplo, lembrando os Mamonas Assassinas com o “Vira dos Mamonas” e saudando os emigrantes com o “Verde Vinho” (Jurgens/Kunze/P.Alexandre) e “Como é Linda a Minha Aldeia” (Roberto Leal/Márcia Lucia) que a todos emociona. Problemas no gerador solicitado para garantir a qualidade do som, causaram apagões irritando a platéia presente mas não inibiram Roberto Leal de “dar o seu recado” com todo o profis-sionalismo que conhecemos e re-conhecemos.
A madrugada já tomava conta da capital paulistana quando os últimos convidados abandonaram o ginásio aos gritos de “Lusa, Lusa”. E em 2012, 92º aniversário com a Lusa na Primeira!

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