Nos seus 19 anos, Poveiros deseja a participação dos jovens

Por Odair SeneMundo Lusíada

Foto Lino Lage

>> Autoridades presentes receberam homenagem durante a solenidade. Dentre eles, o vereador Toninho Paiva, Wadih Mutran, o deputado federal Arnaldo Faria de Sá, e Guilherme Matar, de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, além do subprefeito da Penha, Joaquim da Penha.

 

Associação dos Poveiros de São Paulo promoveu uma festa de aniversário de fundação no último 10 de abril. Foram 19 anos comemorados com um evento que marcou a trajetória da entidade. O presidente da casa, Laurentino Gonçalves Vilar, recebeu o Mundo Lusíada para falar um pouco da história desta casa, respeitada pela comunidade luso-brasileira e reconhecida pelo poder público, tanto do Brasil como da Póvoa de Varzim, em Portugal.

“Nós temos, em primeiro lugar, boas relações com o presidente da Câmara Municipal de Póvoa de Varzim. É um grande amigo, e que esteve aqui na nossa sede no final do ano”, disse revelando que no próximo aniversário convidará o Dr. José Macedo Vieira, quando a entidade comemora 20 anos, e será o término do seu mandato. Vilar conta atualmente em sua diretoria, com Isaias Santos, como o vice-presidente da casa, e o 2º vice-presidente Joaquim César.

Laurentino Vilar falou ainda da preocupação da atual diretoria pela escassa participação dos jovens para a continuidade na preservação da cultura na entidade que dirige. “Vamos ficando cansados e velhos, e a mocidade nova não frequenta muito estas coisas. O meu medo maior é este. Sou presidente há tantos anos porque ninguém quer um cargo de responsabilidade, mas isto, qualquer diretor ou sócio que queira ser candidato, é uma maravilha dirigir uma casa como a Associação dos Poveiros”, defende Vilar, citando que a entidade tem todos os documentos e as contas em dia. “Nós vivemos aqui como poucas casas de São Paulo, de bom nível e conduta”.

19 Anos de FundaçãoA festa de aniversário foi uma das mais memoráveis que a casa já promoveu, serviu pratos típicos como o Caldo Verde, além do Peixe com badejo e o famoso Medalhão. “Foi uma festa de todo mundo sair satisfeitíssimo. O Buffet Europa serviu maravilhosamente bem, e a festa transcorreu da melhor maneira possível”, garantiu.

Na parte musical, o tecladista Clineu fez sucesso trazendo músicas portuguesas e brasileiras. Além dele, a fadista Isaura Milhazes, que já foi primeira-dama da Casa dos Poveiros do Rio de Janeiro, também arrancou aplausos dos convidados.

Cerca de 200 pessoas participaram do evento, entre convidados e autoridades que receberam homenagens da casa pela participação e colaboração. Dentre eles, esteve o vereador Toninho Paiva, Wadih Mutran, o deputado federal Arnaldo Faria de Sá, e Guilherme Matar, de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, além do subprefeito da Penha, Joaquim da Penha.

Laurentino Gonçalves Vilar sempre esteve ligado à casa. Dentre os 11 fundadores, Vilar participou em todos estes anos como presidente ou vice da Associação dos Poveiros. Em sua entrevista ao Mundo Lusíada, revelou que tem dificuldade para agregar as pessoas, dizendo que “para trabalhar somos poucos”. Cerca de três casais tocam praticamente todas as atividades, o restante segundo ele, apenas aparecem nas festas.

Vilar conta com a esposa para a organização dos almoços na cozinha do clube. Maria Gomes Vilar, a primeira-dama da casa, trabalha com um grupo reduzido de senhoras no preparo dos almoços mensais. “As mulheres vêm no sábado e domingo para arrumar os almoços, elas são formidáveis. Uma meia dúzia de senhoras ajudam maravilhosamente bem”.

O presidente Vilar participou do projeto de ampliação da sede, que visava tornar a Associação dos Poveiros maior e mais apresentável. “Quando nós chegamos e compramos aqui, tínhamos um salãozinho muito pequeno. Derrubamos tudo e construímos uma obra muito bonita e luxuosa. Os amigos, poveiros ou não, nos ajudaram muito. Todos aqueles, quando eu precisava de alguma ajuda, ligava para os amigos e eles vinham ajudar”, relata.

A casa também conta atualmente com um grupo folclórico associado, o Rancho Folclórico Raízes de Portugal. “Eles estão conosco há uns seis anos. É um grupo que sempre foi muito bem visto, e muito bom em suas danças e cantares. E enquanto eu for vivo, eles estarão por aqui”, decretou o presidente.

Imigrante português que saiu do seu país em 1960, Laurentino Gonçalves Vilar já soma 50 anos de Brasil e já visitou sua terra por 19 vezes. Lembrando do começo que é sempre muito difícil, disse que sempre procurou honestamente levar a vida e melhorar. “Hoje eu só me dedico à Associação dos Poveiros”, fala com orgulho depois de abandonar o ramo de corretagem de imóveis.

Ao final da boa conversa, Laurentino Vilar convidou a todos os interessados a visitar a Associação dos Poveiros. “Seja brasileiros, seja poveiro, nós recebemos a todos de braços abertos”.

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