No fim de ano, Provedoria Portuguesa pede que comunidade se associe e ajude a manter o Lar

Oscar Ferrão diz que falta recursos, e governo ajuda mais na promoção cultural do que em auxílio ao idoso carenciado.

Por Odair Sene

Em 15 de dezembro, o Lar da Provedoria Portuguesa de São Paulo recebeu dirigentes associativos para o churrasco de fim de ano em prol da instituição. O presidente Oscar Ferrão recebeu o cônsul-geral de Portugal em SP, Paulo Nascimento (acompanhado da namorada Priscila Gimenez de Sousa), o Cônsul adjunto Hugo Gravanita, o presidente da Federação das Câmaras Portuguesas, Nuno Rebelo de Sousa e presidentes de várias casas luso-paulistas.
“Encerramos o ano bem. Foi gratificante receber o sr. Cônsul, cônsul adjunto, os presidentes das casas. A festa foi muito boa e o churrasco muito animado. Espero que o ano que vem estejamos aqui novamente com essa mesma alegria para atender os nossos idosos do Lar da Provedoria Portuguesa”, disse ele que contou com uma breve apresentação da cantora Fátima Fonseca.
O cônsul usou da palavra para um rápido agradecimento a todos os presentes no evento. “É muito importante que cá estejam. É importante que este momento não seja só de hoje, mas que perpetue no apoio e na medida do que é possível e do que cada um pode fazer a favor da Provedoria e das pessoas que aqui moram, eles merecem muito respeito, consideração e amizade” declarou Paulo Nascimento desejando a todos um feliz Natal.

Nova Gestão
Oscar Ferrão, que completou dois anos de gestão, foi reconduzido para mais dois anos à frente da Provedoria. “Eu vou até 2021, mas a diretoria é a mesma, o nosso trabalho é igual. Na verdade, eu sou o primeiro provedor mas somos todos provedores, todos trabalhando juntos em prol da instituição” afirma Ferrão dizendo que sozinho não consegue seguir o trabalho e agradecendo sempre a equipe.
A Provedoria conta com alguns eventos beneficentes anuais em prol da instituição, além do churrasco em suas dependências, como o jantar promovido no Buffet Torres em São Paulo, e eventos na comunidade portuguesa que arrecadam alimentos e doações. “Tem os eventos que ajudam, mas é preciso ajudar muito mais. Não sei se foi a crise, ou o pessoal mais velho foi desistindo de doar e serem sócios, então como todas as instituições nós lutamos com muita dificuldade, precisamos de mais sócios” diz o presidente.
Oscar ainda chama atenção para vagas em aberto na casa, que não recebe apenas os idosos portugueses. “A casa está aberta para novos idosos, não precisa ser português, pode ser brasileiro ou qualquer nacionalidade, sendo necessitado, ou podendo se associar com a gente, estamos aqui aguardando”.
A instituição recebe um subsídio do governo português, um programa que é alvo de críticas da atual oposição sobre ajuda ao idoso. “O que Portugal manda, nós não cobrimos nem um (01) mês, é muito pouquinho. Nós estamos lutando para mostrar quais são as nossas despesas para ver se eles nos ajudam mais”.
O governo também instituiu um programa de auxilio de promoção à cultura portuguesa voltado as casas regionais portuguesas na diáspora. Segundo Ferrão, o governo ajuda mais em ação cultural do que em auxílio ao idoso carenciado. “Acho que os idosos para eles não tem tanto valor assim, não sei o porquê. Não gosto de criticar ninguém mas eles nos ajudam muito pouco. Nós ajudamos muito mais o governo, porque o serviço que tem o Centro de Apoio em que atendemos necessitados que moram debaixo de ponte, não conseguem comprar remédio, até mesmo os presidiários, somos nós que damos esse apoio” diz o presidente da instituição sobre os trabalhos desenvolvidos em São Paulo em prol dos portugueses carenciados.

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