No próximo ano, será comemorada a vinda da família real portuguesa ao Brasil há dois séculos, um fato marcante para a história do país. A afirmação é do deputado federal Arnaldo Madeira, durante um encontro da comunidade à frente da Biblioteca Municipal de São Paulo, precisamente à frente da estátua de Luís Vaz de Camões, no dia oficial em comemoração ao 10 de Junho – Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas.
Estava programada, segundo o presidente do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo, Antonio de Almeida e Silva, uma singela colocação de flores pelos membros da comunidade (em razão do feriado prolongado a sessão solene comemorativa à data foi adiada para 14 de junho), entretanto a boa presença de representantes das entidades de São Paulo, motivou a reflexão que se estendeu mais do que o esperado, inclusive com muitos depoimentos espontâneos de vários dos presentes.
O Dr. Julio Rodrigues citou as comunidades portuguesas, reunidas ao redor do mundo na mesma data. Para o Dr. José Magalhães, no próximo ano a homenagem à Camões deverá lembrá-lo não apenas pelo que viveu mas pelo que ele deixou. O professor Ildefonso Garcia citou Camões como herói romântico e aventureiro, que diante das dificuldades não foi impedido de escrever e “fazer o que fez”.
As reflexões que acabaram em um bate-papo foram agradecidas pelo presidente do CCLB. Antonio de Almeida, que se surpreendeu pela “experiência democrática” lembrando do ato cívico marcado na Casa de Portugal de São Paulo.
Ainda, fez uma crítica a alguns governantes portugueses dizendo que o “momento crítico” não permitiria qualquer comemoração por parte das comunidades. “Infelizmente, alguns não acham que as comunidades fazem parte desta nação”, disse defendendo que os portugueses da diáspora sobressaem o nome de Portugal onde estão.