Inaugurada em São Paulo a Casa Cultural Império do Minho

Foi inaugurada a sede da recém formada Casa Cultural Império do Minho, e do Rancho Folclórico Cantares e Dançares do Minho. A sede da nova associação luso-brasileira localiza-se no bairro da Casa Verde, em São Paulo.

 

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A primeira inauguração aconteceu em 19 de agosto, com a presença de amigos, colaboradores e patrocinadores da associação. A próxima festiva, uma segunda inauguração, acontece dia 2 de setembro, recepcionando mais amigos e colaboradores. O espaço da entidade é limitado para recepção de no máximo 200 pessoas, por isso a diretoria preferiu dividir a estréia do seu rancho em duas apresentações na nova casa. 

Idealizado pelo folclorista José Pisco, o projeto da Casa Cultural Império do Minho foi organizado a partir de novembro de 2005 por um grupo de 14 folcloristas que se reuniram pelo mesmo ideal. José Pisco, após permanecer por 17 anos no departamento de folclore da Portuguesa, desligou-se no final do ano passado e hoje preside a nova associação. 

“Não é fácil, é difícil e muito complicado. Mas graças a Deus estamos com uma casa bonita, não muito grande, mas vai dar certo”, comentou o presidente Pisco sobre a concretização do projeto, que é patrocinado pela Numatur Turismo, Banco Banif (entre outros). Durante o primeiro evento da Casa Cultural Império do Minho, a diretoria homenageou alguns colaboradores entregando uma “Honra ao Mérito” pelas doações, apoios financeiros e patrocínios em prol da entidade. Cerca de 20 pessoas foram homenageadas. 

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Neste sábado, o Rancho Folclórico Cantares e Dançares do Minho estreou para a comunidade portuguesa da capital. “Nós não nos apresentamos em nenhuma casa da comunidade com exceção em Guarulhos [O Arouquense] e em Santo André [Clube de Portugal do Grande ABC]”. De acordo com Pisco, o novo rancho já fez cerca de 20 apresentações desde novembro de 2005, essencialmente em festas particulares. 

Nas casas da comunidade, apesar de muitos convites, ainda não participaram. “Mas já em outubro devemos estar no Centro Trasmontano de São Paulo. E a partir daí é que vamos fazer a comunidade daqui”, informou. Por falta de verba para sair da capital, o rancho não se apresentou inclusive em outros estados, para apresentações em casas portuguesas. No Centro Trasmontano, o rancho deve se apresentar no próximo 07 de outubro. 

O evento contou ainda com a presença do Pe. Vitor Fernandes, da Paróquia Santíssima Trindade, da Casa Verde Alta em São Paulo. Natural de Goa, o religioso reside no Brasil há 34 anos. De Portugal, ele seguiu para a Espanha, onde cursou Teologia Pastoral, seguindo logo depois para o Brasil, já que Goa vivia em uma época dominada pelos indianos. “Toda minha cultura, minha formação, foi portuguesa”, disse o padre que se sentia em casa com alguns paroquianos e amigos presentes no evento. O religioso esteve dando suas bênçãos à nova casa e ao rancho. Evento Mensal

A exemplo de outras associações e grupos de São Paulo, a Casa Cultural Império do Minho também irá promover o seu evento mensal. A “Quinta do Minho” deve acontecer em todo terceiro sábado do mês, com entrada franca, paga-se somente pelo consumo. 

Cantares e Dançares do Minho

O rancho que pertence à Casa Cultural Império do Minho é formado por cerca de 40 componentes, entre a tocata e 11 pares dançando. Mas as apresentações devem ser feitas com seis e oito pares, de acordo com Marcelo Ascenção, 27 anos, ensaiador do novo Rancho Folclórico Cantares e Dançares do Minho.

As danças apresentadas pelo grupo, que tem faixa etária de 20 a 30 anos, são da região minhota, como propõe a designação do grupo. “Todas as músicas foram extraídas da região do Alto Minho e do Baixo Minho, tanto do Distrito de Viana como do Distrito de Braga”, referiu Marcelo.

Sobre as pesquisas de danças folclóricas, Marcelo conta com a comercialização de DVDs de festivais que acontecem em Portugal. “Já temos esse contato para poder pegar as músicas da região que a gente quer. Mas além disso, aqui mesmo em São Paulo contamos com amigos de outros ranchos folclóricos que ajudam, disponibilizam o conhecimento deles e as fitas que eles também têm, assim como a gente também ajuda outros grupos folclóricos que precisam de coreografia”.

Segundo ele, hoje a informação está mais acessível, diferentemente da restrição de antigamente. “O que era importante naquela época era mostrar a novidade. Hoje o importante é mostrar a cultura, independente de qual grupo que é. Então está havendo uma integração com os grupos folclóricos, juntamente com isso uma diversificação de comunicação” explica.

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