Grupo Folclórico da Portuguesa Santista completa uma década de vida

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Por Odair Sene

Em 14 de julho, a Portuguesa Santista comemorou a história de uma década do seu Grupo Folclórico, com uma festa muito concorrida em sua sede.
Também trajado de folclorista, o presidente Emerson Coelho falou ao Mundo Lusíada sobre o início dessa tradição, desde a época do seu falecido pai. “É uma data especial, lembramos o quanto foi difícil, foi complicado sair do zero num clube que, apesar de ser português, não fazia festas portuguesas, não tinha grupo folclórico e estava muito distante da comunidade portuguesa”.
Conforme o presidente, a função inicial desse trabalho era justamente trazer de volta a comunidade portuguesa para dentro da associação. “Nesses anos, todo esse trabalho que envolveu o rancho deu certo, conseguimos trazer a comunidade de volta para a Portuguesa, e a entidade tem colhido bons frutos por conta desse trabalho que foi feito. É uma noite especial que relembramos tudo o que vivemos, momentos bons e ruins, mas que fazem parte da história e só temos a comemorar”.
Para comemorar a data, o rancho da casa recebeu neste dia pela primeira vez o Rancho Folclórico Santa Marta dos Navegantes de São Paulo. “Nós já estivemos lá e eles nunca tinham vindo aqui. E queríamos um rancho que nunca tinha estado aqui, temos muitos amigos no meio do folclore” diz ele elogiando a qualidade dos convidados.
Recebendo um público de cerca de 300/350 pessoas, o evento foi uma grande festa com muito vira-livre, chuva de balão e muita animação. “É a farra que o rancho está acostumado a fazer. Em primeiro lugar temos que fazer a coisa certa, mas nos divertir, é o que estamos fazendo hoje”.

Telão
Nesta comemoração de 10 anos, e para lembrar um pouco da história do grupo aniversariante, ao final da apresentação do Santa Marta e antes da entrada do grupo da casa, foi exibido um vídeo no palco, gravado em Almeida, distrito da Guarda, Portugal, pelo Paulo Marques, um músico sobrinho do fundador Alexandre Monteiro Albano (pai do Emerson e do Marco), e que teve como objetivo prestar homenagem ao fundador já falecido. Ele tocou no teclado uma música que era ensaiada na época de fundação, pelo Alexandre Albano.

Aniversariante trouxe pela primeira vez o convidado Santa Marta
O Rancho Folclórico Santa Marta dos Navegantes, dirigido pela Maria Dulcina, foi ao evento da Portuguesa pela primeira vez. Ao Mundo Lusíada, a diretora disse ter ficado muito feliz com o convite e elogiou a união que vem observando entre folcloristas de diversos grupos em várias regiões.
“Realmente a união está muito bonita, e é assim que tem que ser, porque é uma só bandeira, eu sempre batalhei sobre isso, e agora graças a Deus parece que está começando e os ranchos se unindo cada vez mais”, disse ela.
O Rancho da Portuguesa Santista esteve recentemente na festa do Santa Marta (na primeira festa do espetinho), e agora aconteceu a reciprocidade. “Sim e agora viemos aqui, são pessoas maravilhosas, que realmente sabem respeitar o folclore, e é assim que nós gostamos de participar”, disse a diretora completando sobre a importância de fazer parte dessa festa de 10 anos. “Ficamos honrados de estar aqui, eles completando 10 anos e nós fazendo essas honras aqui pra eles, então nos sentimos realmente satisfeitos em vir aqui no aniversário desse rancho tão querido”, completou.
O irmão do presidente é o Marco Albano, atual diretor social, que trabalha em conjunto com Emerson, que também é diretor cultural. “Uma das minhas condições, na época que surgiu meu nome para ser presidente do clube, disse que não queria largar o rancho. As festas, os eventos, é o diretor social que faz, que é meu irmão. E assim está dando certo, já fazíamos assim os dois juntos e só continuamos”.
E a Portuguesa Santista segue com um calendário bem diversificado, contando entre outros eventos, sempre promovendo suas Noites de Fados, a festa de Halloween, Noite do Havaí, Festa da Tainha que acontece no próximo 25 de agosto, que recebe cerca de 1500 pessoas, e estará a cargo do diretor social.
Só quando se trata do grupo folclórico, o presidente faz questão de participar de tudo. “Eu sempre brinco com todos, não sou presidente, eu estou presidente. Mas uma hora o mandato acaba e quero continuar com o rancho, foi do rancho que eu vim, o rancho tomou uma proporção tão grande no clube ao ponto de fazer a presidência do clube, poucas pessoas entendem isso. Um clube de futebol com 100 anos de idade, sempre ligado ao esporte, natação e tênis, e de repente um rancho folclórico e de dentro dele vem o presidente novo do clube, é que o rancho tomou uma proporção forte, interessante, responsável, e a maior prova que deu certo nesses 10 anos”.
No meio folclórico é sempre difícil manter um grupo. Segundo o presidente, o rancho da Portuguesa Santista tem um tesoureiro à parte, que é o Sr. Armando, e todos os eventos em que o grupo está envolvido na entidade, 50% da renda do evento é do rancho e os outros 50% é do clube. “Sempre foi assim. Nós não contratamos buffet, são os folcloristas que fazem tudo aqui, só contratamos cozinheiros mas toda organização e montagem é do rancho. Foi uma grande preocupação do meu pai que o rancho sempre tivesse um caixa próprio, para que eles decidissem o que fazer, se podia ou não viajar, era uma decisão do grupo e não do clube”.
O presidente defende também que o grupo sempre “caminhe com pernas próprias”, sendo uma forma encontrada para que o grupo trabalhe bem.
Foi uma grande festa e que marcou muito bem esses 10 anos de fundação do rancho.

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