Grupo Folclórico da Portuguesa completa 25 anos de fundação

Por Vanessa Sene
Mundo Lusíada

 

Foto: Nelson de Paula

 

Na noite de 10 de novembro, o salão de festas da Associação Portuguesa de Desportos esteve lotado para a comemoração de 25 anos do Grupo Folclórico da Portuguesa, no Canindé. Dirigido por Maurício Nascimento, o grupo é ensaiado por Paulo Mota e Viviane Mota.

Além do grupo aniversariante, se apresentou nesta especial Adega da Lusa também o Rancho Amigos da Casa de Viseu de São Paulo, composto por integrantes de diversos grupos folclóricos, e que esta noite esteve contando com folcloristas do R.F. Português da cidade de Campinas, G.F. Casa Ilha da Madeira de SP, Veteranos de SP, G.F. da Portuguesa, G.F. da Casa de Portugal de SP, e ainda do R.F. Pedro Homem de Mello.

O grupo da Portuguesa, que extinguiu o grupo Mirim, reuniu todos os componentes num único grupo e conta atualmente com uma média de 14 pares. Já que componentes do grupo Adulto ajudavam nas apresentações do grupo Mirim, a direção do grupo reuniu todos e agora crianças e adultos dançam algumas coreografias juntos, como na entrada e saída das apresentações. E naquelas viagens que dá para incluir todos os componentes, incluindo os pais das crianças, todos participam.

Apesar da chuva que alagou pontos da cidade, e do evento ter sofrido falta de energia por alguns minutos, os folcloristas não pararam com a animação, até que o gerador foi religado e a festa recomeçou na Adega da Lusa.

Os folcloristas da Lusa preparam agora a última Adega do ano no dia 08 de dezembro, com participação do Rancho Folclórico Pedro Homem de Mello, fechando a sua programação de 2012. Antes disso, o Departamento Social promove um almoço no salão de festas, em 02 de dezembro, servindo sua tradicional bacalhoada.

Manter a tradição

O evento foi promovido pelo agora Departamento Social e Comércio da Lusa. O apoio que o grupo recebe é somente no espaço para ensaiar e realizar a Adega. “Tiramos as despesas, e o que sobra, depositamos no caixa da Portuguesa, quando são festas do clube” diz o diretor Mauricio Nascimento.

Como toda família, um grupo folclórico também enfrenta problemas, diz o diretor e coordenador desde 2006, Maurício Nascimento. “Quem gosta realmente do folclore leva adiante. Mas falta incentivo, falta gente nova. Até tem interesse, nas festas as pessoas perguntam como participar” diz ele que toma cuidado com as palavras, porque qualquer discussão não é bem vinda no folclore.

“Tem gente que não leva a sério, vai de má vontade, falta. O pessoal gosta mas alguns não tem comprometimento. Tem uns que gostam, mas reclamam” cita o diretor e coordenador, que não conta com apoio do clube, mantém o grupo de forma independente.

O clube sede espaço para eventos e para vestiários ao grupo folclórico que leva o nome da Portuguesa. Recentemente, o espaço acima dos vestiários esteve em reforma. Cimento, areia e água que caiu nos vestiários acabou por estragar três trajes folclóricos inteiros do grupo. “Nem tudo são flores. O grupo é independente e conta com alguns patrocinadores e seus próprios recursos”.

Maurício diz que este trabalho é realizado unicamente em prol da cultura portuguesa. “Por mais encrenca que seja, eu gosto do folclore, é algo que sempre gostei, não tenho intenção de sair do grupo. O que puder, vou fazer pelo grupo, como diretor ou qualquer outra coisa” defende.

“Se não manter viva as tradições dos antepassados, ninguém vai lembrar de nada. Um povo sem passado não é um povo. E fazemos isso aqui, a melhor coisa que tem na Portuguesa é a Adega da Lusa” afirma ele que com muita luta ajuda a manter o Grupo Folclórico da Lusa por 25 anos.

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