Festival internacional de folclore leva 10 grupos estrangeiros à ilha Terceira

Mundo Lusíada
Com Lusa

Começou apanha de Chá na Fábrica de Chá Porto Formoso na de Ribeira Grande, na costa norte da ilha de São Miguel, nos Açores, 13 de Maio. As duas únicas plantações de chá com fins industriais da Europa ficam na ilha de S. Miguel, nos Açores, com uma produção anual de cerca de 50 toneladas, são hoje também um produto turístico da ilha. EDUARDO COSTA/LUSA

A 29ª edição do Festival Internacional de Folclore dos Açores decorre de 11 a 17 de agosto, na ilha Terceira, com a participação de 12 grupos, sendo 10 internacionais, anunciou a organização.

Este ano, são novidade no festival representações da Costa Rica e de Taiwan, mas atuam também grupos de Espanha, Eslováquia, Eslovénia, França, Hungria, Lituânia, Rússia e Venezuela.

Em representação de Portugal Continental, estará o Grupo Folclórico de Santa Marta de Portuzelo, de Viana do Castelo. Outra das novidades do festival é a criação e um grupo para representar os Açores, que junta elementos dos 16 grupos folclóricos da ilha Terceira, num total de 50 participantes.

“Este grupo já vem a trabalhar desde março e permitiu também a interação, que não existia, entre os grupos”, salientou, em conferência de imprensa, Cesário Pereira, presidente do Comitê Organizador de Festivais Internacionais da Ilha Terceira (COFIT).

Durante uma semana, os grupos folclóricos vão desfilar pelas ruas de Angra do Heroísmo e atuar em várias freguesias da ilha Terceira, decorrendo paralelamente uma feira de artesanato e sabores tradicionais, por onde passam os vários grupos folclóricos da ilha.

O festival encerra com um espetáculo na Praça de Toiros da Terceira, onde atuam todos os grupos, que participam também em oficinas de dança e música.

Segundo Cesário Pereira, apesar de a organização oferecer alojamento e alimentação aos cerca de 500 elementos que se deslocam à Terceira, o festival tem um impacto “mais que evidente” no comércio da ilha, sendo também uma forma de divulgação turística.

“Em termos de repercussões de vindas de pessoas nota-se muito mais após o festival, porque estas pessoas levam experiências, imagens e o gosto da ilha Terceira”, frisou.

O orçamento do festival é de 60.500 euros, menos 20 mil do que no ano passado, mas Cesário Pereira considerou que “a qualidade é a mesma dos últimos anos”.

A crise tem feito diminuir o número de patrocinadores, mas também caíram os apoios do Governo Regional, que reduziu 5.000 euros na verba cedida pela Direção Regional do Turismo e 10.000 no apoio da Direção Regional da Cultura, um corte que o presidente do COFIT disse não perceber.

A organização eliminou também este ano a presença nas festas concelhias da Praia da Vitória, por falta de pagamento de um valor acertado em 2011. “Não vamos às Festas da Praia 2013, porque a Praia ainda não saldou a dívida que tem para com o COFIT de cerca de 1.500 euros”, frisou.

Apesar do COFIT já ter conseguido uma redução do preço das passagens aéreas, Cesário Pereira salientou que ainda não é “o preço ideal”, alegando que “muitos grupos acabam por não vir por falta de dinheiro”, tendo em conta que são eles que pagam a deslocação.

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