Estreia do Cantares do Basalto empolga Casa dos Açores

Por Eulália Moreno

Formado pelo Coral e jovens violonistas.

A tradicional e sempre hospitaleira Casa dos Açores começou o seu ano de atividades no passado domingo, dia 3 de abril. E não poderia começar melhor apresentando aos associados e amigos presentes o seu Grupo Coral Cantares do Basalto.

As nove ilhas que compõem o Arquipélago dos Açores são de origem vulcânica e a sua formação rochosa, basáltica, é resultante da solidificação da lava, daí a escolha da denominação para o grupo composto por jovens músicos e por integrantes da Tocata e do Rancho Folclórico da Casa dos Açores.

Os jovens violonistas que integram o projeto de ensino de música para descendentes de açorianos, projeto esse patrocinado pelo Governo Regional, estrearam depois de um ano de ensaios durante o qual, todos os domingos, sem exceção, das 16 às 18 horas foram reservados para a aprendizagem. Sob a regência de Alexandre Matis, formado em composição e regência pela UNESP, apresentaram várias composições do cancioneiro tradicional açoriano cuja recolha e adaptação são de responsabilidade de Alexandre e do violonista Marcos Sabo, professor de música.

No final da apresentação, Alexandre mostrou-se feliz com os resultados da primeira apresentação: “Tivemos um ano de muito empenho e dedicação para apresentarmos o Cantares do Basalto já na abertura do ano de atividades da Casa dos Açores. E conseguimos dar uma mostra do que nos propomos a fazer nos próximos meses, mostrar a música açoriana através desses jovens violonistas e do Coral. Certamente que os aplausos recebidos são um grande incentivo para esses jovens que se dedicam a aprendizagem musical”.

Antonio Tavares Arruda, vice-presidente e Diretor Cultural, fala com carinho da nova “cria” da Casa dos Açores e do seu orgulho no Rancho Folclórico que já competou 38 anos de atividade. ”O nosso Rancho renova-se constantemente. Temos integrantes dos 7 aos 70 anos numa prova de revitalização constante. Com o valioso e imprescindível auxílio do Governo Regional conseguimos levar avante a idéia da formação do Grupo Coral, ampliando assim o nosso campo de atuação cultural. Do governo de Lisboa não recebemos absolutamente nada. Uma pena que não se invista mais na preservação e divulgação das tradições de Portugal”.

A Casa dos Açores é proprietária de um terreno nos fundos da sede e pretende  nos próximos meses estender o palco até essa área, construir vestiários e criar um espaço para uma cozinha mais ampla e funcional. Para resolver o problema do aquecimento no salão ora em funcionamento, o vice-presidente adiantou que pretende abrir na parede da retaguarda do palco uma grande janela que permitirá, assim, uma maior e melhor cirulação de ar.

Já na hora da sobremesa, apresentou-se o Grupo Sete Cidades com músicas tradicionais portuguesas. O grupo é formado por Alexandre Matis na guitarra portuguesa, Marcos Sabo, no violão e os cantores Tatiana Monteiro e Vinicius Rocha que regularmente se apresentam no restaurante Portucale da Vila Olímpia.

O próximo evento da Casa dos Açores será, em junho, a Festa do Divino Espírito Santo que habitualmente reúne mais de 25 mil pessoas nas áreas próximas e que já faz parte do calendário religioso da cidade de São Paulo.

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