Entidades da baixada defendem fusão de casas portuguesas

Mundo Lusíada

O empresário e dirigente associativo Armênio Mendes. Atrás, o presidente da Sociedade União Portuguesa de Santos, José Duarte.

 

De acordo com José Duarte, existe uma comissão fazendo o estudo para a possível fusão, que já foi aprovada no Conselho da União Portuguesa, bem como no Conselho do Centro Português. Mas a intenção não é só a unificação das duas casas, e sim de outras entidades. “Nós temos que ter uma entidade muito forte na Baixada Santista. Em vez de termos sete ou oito que a cada ano perde a força, isso é muito importante para preservarmos nossa cultura, nossas raízes, nossas danças, nossa língua, nosso cantar. É muito importante que façamos essa fusão”.

Para Armênio Mendes, importante dirigente associativo, é preciso trabalhar para uni-las e conseguir a sua representação através de uma entidade forte. “Já foi difícil no passado quando todos tinham facilidade em se manter, mas hoje a vida de qualquer entidade, seja ela portuguesa ou de outra nacionalidade, até mesmo brasileira, é difícil, não há dinheiro para manter. Então hoje todos querem essa fusão”.

Para Armenio, que já havia proposto a idéia há cerca de dez anos, mas não foi bem aceita, agora terá muito mais favoráveis que opositores. “Eu sou sócio de uma dúzia de entidades, pago uma dúzia de mensalidades, por dever de cidadão português em participar da vida das associações, mas todas elas não somam a verba necessária para as manter abertas. Mas se pagamos mil reais [numa suposição] para uma entidade, capitalizada e com condição de lhe oferecer alguma coisa, esse é nosso objetivo. Acredito que conseguimos isso com facilidade agora”.

Uma fusão não é simples, ainda mais quando se trata da escolha de nomes e representatividade. De acordo com José Duarte, outras tentativas fracassaram no passado. “Mais uma vez nós vamos fazer uma tentativa. Eu acho que enquanto estiver à frente do destino de uma entidade ou à frente da comunidade portuguesa, no caso escutando o Conselho das Comunidades no Brasil, vou lutar para que isso seja uma realidade. Não custa tentar, já diz Fernando Pessoa: ‘vale sempre a pena quando a alma não é pequena’”.

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