Da Redação
O Brasil é um grande confluente de etnias, e o perfil genético paulistano não foge desta realidade. Como ponto que assumiu destaque econômico, tecnológico e político, a cidade de São Paulo atraiu migrantes de diversas regiões do mundo, com destaque especial para Ibéria, Europa Ocidental e Itália, nesta ordem.
Em comemoração ao aniversário de 466 anos da capital paulista, o laboratório Genera apresentou um estudo das populações mais frequentes de residentes em São Paulo que fizeram o Teste de Ancestralidade Global.
30% dos genes predominantes na população pesquisada é o ibérico. Depois dos portugueses e espanhóis, 17% dos imigrantes vem da Europa Ocidental como Alemanha, França e Países Baixos. A grande comunidade italiana em São Paulo aparece apenas na terceira colocação, com 10%.
O teste de Ancestralidade Global é feito a partir da leitura de aproximadamente 700 mil pontos do DNA de uma pessoa e subsequente comparação destes com dados genéticos de indivíduos que apresentam histórico genealógico conhecido e associável a uma determinada localidade do globo por pelo menos 5 gerações. Estes dados são obtidos de bancos públicos disponibilizados por universidades e centros de pesquisa do mundo inteiro.
Foi realizada a média das porcentagens dos resultados de Ancestralidade Global de indivíduos residentes em São Paulo, sendo selecionados todos aqueles com telefone de DDD 11.
A empresa também chama atenção para os dados que são restritos, e um recorte da população de renda superior, abrangendo especialmente as classes A, B e C.
Ainda assim, o resultado mostra certo alinhamento com a história da capital paulista que tem sido palco de inúmeros fluxos migratórios, nacionais e internacionais. Algumas populações da tabela são relativamente novas em São Paulo – como os coreanos – o que explica seus valores baixos, dado que ainda não houve tempo de haver uma miscigenação mais significativa e os marcadores genéticos da população ainda são restritos às comunidades originais.