Dia de Portugal em Elvas: Cavaco diz que portugueses sabem se unir em momentos difíceis

Mundo Lusíada
Com agencias

Presidente da República Cavaco Silva, discursa nas cerimônias militares no Rossio de São Francisco no âmbito do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em Elvas, 10 de junho de 2013. NUNO VEIGA/LUSA
Presidente da República Cavaco Silva, discursa nas cerimônias militares no Rossio de São Francisco no âmbito do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em Elvas, 10 de junho de 2013. NUNO VEIGA/LUSA

As comemorações oficiais do Dia de Portugal em Elvas se iniciaram no dia 09 de junho. O Presidente português, Cavaco Silva, considerou que Portugal enfrenta “uma hora decisiva”, mas lembrou que os portugueses sempre “souberam unir-se” nos momentos difíceis. “Esta é uma hora decisiva. Portugal vive um momento em que não podemos vacilar na determinação de vencer e de alcançar um futuro melhor”, alertou Cavaco Silva.

Aludindo à história de Elvas, que foi um bastião da defesa de Portugal contra os espanhóis, o chefe de Estado lembrou que os momentos de dificuldade, como o atual que o país atravessa, já marcam a história do país. “Nesta hora que Portugal atravessa, Elvas convoca-nos a olharmos para a nossa História e a reconhecermos que os momentos difíceis não são inéditos”, mas, “nas horas decisivas, os portugueses souberam unir-se para defender os grandes desígnios nacionais”, realçou.

Cavaco Silva discursava em Elvas, no cineteatro local, no primeiro de dois dias de comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Na sua intervenção, que foi antecedida pelo discurso do presidente da Câmara Municipal de Elvas, Rondão de Almeida, o Presidente da República aludiu às dificuldades que o país enfrenta, nomeadamente ao desemprego.

Mas o Chefe de Estado voltou a referir-se a Elvas para demonstrar que a união dos portugueses é necessária para ultrapassar estes períodos. “Não esqueçamos que aquilo que Portugal sempre teve, muito bem representado por esta nobre e leal cidade de Elvas, foi uma capacidade para, mesmo nos momentos cruciais, enfrentar e vencer as adversidades”, lembrou.

Comemorações oficiais

As comemorações do 10 de Junho decorrem este ano em Elvas, cidade alentejana situada junto à fronteira com Espanha e classificada, no ano passado, Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

No primeiro dia, a tradicional cerimônia do içar da bandeira e o Presidente da República, além da cerimônia realizada no cineteatro, assistiu a uma recriação histórica da leitura do Foral de Elvas, por um grupo de teatro medieval.

Um almoço decorreu na Casa da Cultura de Elvas e reuniu mais de 40 personalidades que se distinguiram em Portugal e no estrangeiro no âmbito das suas atividades profissionais.

À tarde, o programa das comemorações do 10 de Junho contou com a inauguração da exposição “Fortificação do Território – A Defesa e Segurança de Portugal nos séculos XVII a XIX”, no Paiol de Nossa Senhora da Conceição. Já ao final da tarde, o chefe de Estado visitou o local onde se realizam as atividades militares complementares, no Parque do Viaduto, descerrando, de seguida, a placa toponímica da nova “Avenida do Dia de Portugal”.

Ao longo do dia, várias visitas ocorreram, terminando com um jantar oferecido pelo Presidente da República, sendo retomado no dia 10 para as cerimônias oficiais.

Vaias

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, foi vaiado em Elvas. À chegada ao Rossio de S. Francisco, onde decorreram as cerimônias, Passos Coelho foi apupado pela maioria das pessoas que se encontram a assistir às comemorações. Mais de mil pessoas assistiram à cerimônia militar.

Também o Presidente da República, Cavaco Silva, à chegada ao local, foi vaiado por algumas pessoas e, no decorrer da revista das forças militares em parada, foram erguidos alguns cartazes contra o Governo. Entre palavras de ordem como “demissão, demissão”, podia ler-se nos cartazes “Passos és um ladrão” e “A luta continua”.

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