Dia de Portugal comemorado na Câmara Portuguesa de SP em evento conjunto

Mundo Lusíada

Na quinta-feira, 09 de junho, a Câmara de Comércio Portuguesa de São Paulo recebeu na sua sede, “Casa Araújo Pinto”, um evento especial, organizado em conjunto com o Consulado Geral de Portugal em São Paulo e Casa de Portugal de São Paulo, o objetivo foi celebrar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

O Conselho da Comunidade também esteve representado pelo presidente Manuel Magno Alves, enquanto a Casa de Portugal representada pelo presidente em exercício Paulo Machado, o Consulado pelo embaixador Paulo Jorge Nascimento e a Câmara pelo presidente Nuno Rebelo de Sousa.

Com música ao vivo, coquetel e numa noite bastante chuvosa, o evento recebeu associados e conselheiros da Câmara e convidados das demais entidades, incluindo empresários luso-brasileiros e representantes de diversos consulados, como a Laíse Marchesi Neto, da Câmara Argentina (por exemplo).

Numa breve solenidade o presidente anfitrião Nuno Rebelo falou para cumprimentar os convidados e elogiar a iniciativa dizendo ter sido “uma boa idéia” em reunir as entidades representativas. Também o Cônsul Geral passou a mensagem também elogiando a iniciativa e destacando a agenda cheia para os próximos meses com presenças importantes de autoridades portuguesas no Brasil.

Consulado

Representando o Estado Português, o cônsul-geral de Portugal em São Paulo falou ao Mundo Lusíada sobre a recepção com diversas autoridades, empresários, e líderes associativos “numa noite especial” em comemoração ao 10 de Junho.

“É isso que nos une e que é significativo nesta noite. Este é um dia [Dia de Portugal] particularmente relevante num ano também relevante, é um ano de retomada pós-covid, um ano em que nós vamos celebrar uma série de eventos comemorativos para Portugal e Brasil, a começar pelo bicentenário de Independência do Brasil que celebramos também em Portugal, é o ano do centenário de nascimento do José Saramago, é o ano dos 100 anos da travessia do Atlântico Sul por Sacadura Cabral e Gago Coutinho, o ano da maior bienal do livro da América do Sul e Portugal é país convidado e o presidente da República vai estar presente nas cerimônias de abertura da Bienal Internacional de São Paulo. É um ano especialmente importante para o afeto que une Portugal e o Brasil”.

Uma relação “completamente bilateral”, nos dois sentidos, defendeu o cônsul. “Tivemos desde o início deste ano, e depois da retomada pós covid, três governantes portugueses no Brasil, mais a presença do presidente da Assembleia da República, a segunda figura da hierarquia do Estado português que celebrou no Brasil o Dia Mundial da Língua Portuguesa, e temos vários membros e autoridades brasileiras que estão a se deslocar por Portugal. Isso é celebração da amizade e importância que um país e o outro atribui mutuamente”, concluiu Paulo Jorge do Nascimento.

Casa de Portugal

Representando a Casa de Portugal, o presidente em exercício Paulo Machado, falou sobre a noite de comemorações. “Tradicionalmente, a solenidade do 10 de Junho é privativa do Consulado Geral de Portugal São Paulo, uma comemoração de Estado. Este ano, o cônsul Paulo Jorge Nascimento entendeu que seria uma solenidade onde houvesse uma coparticipação de associações representativas da comunidade, convidando a Câmara Portuguesa de Comércio, a Casa de Portugal de S.Paulo para que fossem os três anfitriões recebendo os convidados para esta solenidade” declarou.

“O 10 de Junho é a celebração máxima de Portugal, é o dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas, e se estamos falando das comunidades portuguesas nada mais justo que trazer as associações para que participem da solenidade” disse Paulo Machado, em representação ao presidente Antonio dos Ramos que está de férias em Portugal.

Câmara Portuguesa

Em nome da Câmara Portuguesa, Nuno Rebelo disse que a data 10 de Junho “ganhou importância” nos últimos anos de governo. “Essa parceria que existe entre a Presidência da República e o governo português tem comemorado em conjunto com as comunidades na diáspora”.

Quando assumiu a chefia do Estado, em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa lançou, em articulação com o primeiro-ministro, António Costa, um modelo inédito de duplas comemorações do 10 de Junho, primeiro em Portugal e depois junto de comunidades portuguesas no estrangeiro.

Em 2022 as comemorações começaram em Braga, e seguiram para o Reino Unido, que recebeu o presidente Marcelo Rebelo. “Este ano vai para Londres, o meu filho está em Londres, vai ver o meu pai ao final do dia” contou Nuno, que é filho do presidente português, e que falou a nossa reportagem antes dessa viagem. “Há uma união, uma parceria. A ideia aqui foi replicar um pouquinho isso”, disse Nuno.

A Câmara iria comemorar a data como o Consulado, que todo ano promove um encontro no Dia de Portugal. “Queríamos fazer aqui na Câmara um evento do 10 de Junho, para chamar os associados, para se conhecerem outra vez, ao fim de dois anos em casa temos muitos associados novos”. Em conversa com o cônsul-geral, e depois com o presidente da Casa de Portugal, Nuno teve um retorno positivo para realizar uma recepção em conjunto.

O ano promete uma agenda cheia para as relações Brasil-Portugal, tendo a princípio uma nova visita do presidente de Portugal no próximo mês em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. “Temos muitos motivos para estarmos contentes (…), queríamos que as pessoas se encontrassem, algo pouco formal e com público luso-brasileiro” disse Nuno que pretende manter esse estreitamento, sobretudo com a Casa de Portugal de São Paulo.

“A comunidade portuguesa tem que conhecer os empresários luso-brasileiros que estão na Câmara, temos que trazer mais empresários para nos apoiar, e levar os empresários da Câmara para os eventos da Casa de Portugal”, defendeu.

Conselho da Comunidade

Sobre a junção do Consulado Geral, da Câmara Portuguesa, e Casa de Portugal, Manuel Magno, presidente do Conselho da Comunidade de SP defendeu a iniciativa, que chamou de “reunião maravilhosa”, com presença de autoridades.

“É de uma importância fantástica isso que estamos fazendo aqui hoje, porque as instituições portuguesas na verdade estão todas inseridas num único contexto, a comunidade portuguesa e luso-brasileira no estado de São Paulo”, disse defendendo que se trata de uma comemoração “de uma festa comum a todos, e acho que o congraçamento entre essas instituições vão de encontro ao que precisamos, de unir a comunidade”.

Para exemplificar, Magno declarou: “temos que ter não várias igrejinhas, mas uma Catedral”, para maior união desses portugueses. “Não importa se é da Ilha da Madeira, dos Açores, importa é que somos todos portugueses de primeira hora, e somos portugueses para nos unirmos, e temos que nos unir porque a nossa comunidade como um todo tem sofrido muito com a renovação de seus líderes nas diversas casas”, referiu.

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