Conselho quer ser a “voz forte” da coletividade luso brasileira

Odair Sene | Mundo Lusíada

O recém eleito presidente do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo, Antonio de Almeida e Silva, falou em entrevista ao Jornal Mundo Lusíada, que o órgão tem diversos objetivos e projetos para colocar em prática durante sua gestão. Um dos destaques é que o Conselho quer ser a “voz forte” da coletividade luso-brasileira de São Paulo. Reuniões itinerantes junto às associações e uma pesquisa para saber quantos portugueses vivem em São Paulo também foram novidades divulgadas.

J.Reis

No parque do Ibirapuera, presença de autoridades, representantes do Conselho e de Associações

O primeiro evento sob o comando da nova gestão aconteceu no Parque do Ibirapuera, dia 22 de abril, na comemoração ao Dia da Comunidade Luso-Brasileira e 506 anos do Descobrimento do Brasil. O evento anual contou com inúmeros dirigentes associativos, do presidente de honra do Conselho, Valentim dos Santos Diniz e, especialmente do diretor de jornalismo da TV Cultura, jornalista Albino Castro, convidado a ser o orador oficial do evento promovido à frente do monumento de Pedro Álvares Cabral.

Almeida e Silva disse que o Conselho não teve muito tempo para organizar este evento. Sua gestão teve início quase no final de março, tendo ocorrido a primeira reunião em 5 de abril, “portanto com pouquíssimo tempo até esta importante comemoração”, que gerou a preocupação primeira de levar mais convidados que em outros anos.

J.Reis

Grupo Jograis Fernando Pessoa também presente no evento

“Nosso outro objetivo foi de promover uma grande confraternização entre as pessoas e associações, com forte sentimento de luso-brasilidade e com a valorosa presença do orador Albino Castro, que é um homem muito vocacionado com as coisas portuguesas, muito culto e que agradou a todos”, disse considerando que foi muito positiva a realização da comemoração: “foi porque marcou uma das datas mais importante para a luso-brasilidade, e que representa a amizade e integração entre brasileiros e portugueses. Deve ser cada vez mais festejada de modo a por sempre em evidência o imenso patrimônio histórico e cultural inerente aos dois povos, do Brasil e de Portugal.

Este ano já foi uma comemoração expressiva, com um bom comparecimento de pessoas, ficando a data bem assinalada, mas o Conselho quer melhorar. “Para o próximo ano pretendemos que seja uma comemoração mais alargada, com mais abrangência.

É preciso envolver a Comunidade como um todo nesse sentimento de luso-brasilidade. Vamos trabalhar nesse sentido!”, disse.

O Conselho de São Paulo espera que, a partir de 22 de abril, se dê início a uma série de comemorações com maior ênfase e com freqüência maior de pessoas. “Nós precisamos entender que brasileiros e portugueses têm que ‘acarinhar’ esta data porque é uma data que representa a amizade entre os dois povos.

Então nós queremos dar um ‘pontapé’ inicial para as próximas comemorações para podermos realizar grandes festividades”, referiu.

Projetos- Sobre uma maior representatividade do Conselho junto às associações, Almeida e Silva disse que o órgão que preside tem que cumprir o seu papel para o qual foi criado. “Toda instituição tem época de maior e menor vigor.

Eu reconheço que os tempos são difíceis, mas quando o Conselho foi criado tinha um vigor muito grande. Realizou eventos de grande importância e tinha uma função junto às associações, bastante grande. O que nós queremos, e se falharmos nisso, falhamos em tudo, é resgatar essa atuação e sobretudo ter um papel de unidade entre o órgão e as associações”, falou o dirigente.

Calendário- Ao Mundo Lusíada, o presidente revelou que o Conselho tem vários projetos e tentará buscar recursos para ter os resultados esperados. Uma das metas é criar (de imediato) o tão cobrado calendário de eventos para as associações: “porque não é possível continuar com estas coincidências de datas que prejudica a todos”, disse referindo-se a um dos piores problemas não resolvido por falta (justamente) de unidade.

Pesquisa- O Conselho está ainda estudando a viabilidade de desenvolver um projeto de pesquisa para traçar o perfil da comunidade luso-paulista. “Nós queremos saber, de uma vez por todas, quanto somos, o que fazemos, qual a nossa importância sócio-econômica, porque, a partir daí, outros projetos virão, com certeza”.

Reuniões Itinerantes- Outra novidade apresentada pelo presidente são as futuras reuniões itinerantes, realizadas mensalmente, segundo Almeida e Silva, dentro de cada associação e até fora da cidade de São Paulo. “Nós vamos buscar uma maior participação das associações até no interior do Estado e nós temos muitas entidades com ‘pouco vigor’, então queremos ver se ajudamos a fortalecer um pouco isso.

Em suma, queremos que o Conselho seja uma voz forte da coletividade luso-brasileira em São Paulo, que seja atento a tudo, inclusive ao conteúdo publicado na imprensa, como já ocorreu no passado, para críticas e elogios a qualquer veículo, comunicador, político, enfim, quando essas pessoas estiverem ressaltando condignamente as nossas tradições.

Seremos ‘fiscalizadores’ dos nossos valores históricos e culturais”, finalizou Almeida e Silva.

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