Comunidade luso-paulista cuida de seus carentes

Por Maristela Bignardi

Membros do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo (CCLB) efetuaram, recentemente, importante visita ao Centro de Apoio a Portugueses Carenciados, ligado diretamente à Provedoria da Comunidade Portuguesa de São Paulo. O que se viu foi um trabalho incansável e organizado, minimizando o sofrimento de milhares de seres humanos que, pelos mais diversos motivos, encontram-se em situações delicadas.

O presidente do CCLB, Antonio de Almeida e Silva, e alguns de seus diretores ficaram admirados e orgulhosos com as ações que, diariamente, são mantidas na sede deste Centro de Apoio que está localizado nas dependências da Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, Capital. Desde sua fundação, em 2005, atendeu até hoje cerca de 17.300 carentes portugueses que chegam até o Centro em busca de documentação correta, orientação jurídica, alimentação, remédios e esclarecimentos de todos os tipos.

De acordo com Rossana Bechara Dalla Torre, assistente social do Centro, “nosso objetivo é orientar, ajudar e encaminhar portugueses residentes no Brasil que se encontram em situação de penúria e com todo tipo de problema. Procuramos ajudar no que for possível para amenizar o sofrimento daquele que nos procura, seja social, econômico ou psicológico”.

Lá no Centro tudo é extremamente organizado, pois cada atendido tem uma espécie de prontuário, com fotos e uma síntese de sua vida, de suas demandas e, conseqüentemente das respectivas soluções. “Tudo muito transparente”, com afirma o diretor responsável, Fernando Diniz. O atendimento é feito de segunda a sexta, das 09 às 17 horas, e além de Rossana, há uma outra assistente social, Alessandra Cardoso, e mais duas atendentes. Este é o universo que recebe as Alices, Isauras, Josés, Marias, Antonios, Aldas, Franciscos, Idalinas e tantas outros, em torno de 28 pessoas/dia que encontram neste Centro de Apoio um rumo digno de vida.

Entre tantos auxílios, dois deles se destacam: o ASIC- Apoio Social a Idosos Carenciados e o ASEC – Apoio Social a Emigrantes Carenciados, ambos vinculados ao Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal. O primeiro destina-se a portugueses com mais de 65 anos, residentes no estrangeiro, que se encontram em situação de absoluta carência de meios de subsistência. Após análise de documentos que comprovem tal situação, pode-se receber subsídio de, no máximo, 155 euros por mês, para suprir as necessidades essenciais devida, como moradia, alimentação, cuidados de saúde e higiene. Já o ASEC destina-se a fazer frente a necessidades essenciais e extraordinárias de portugueses que se encontrem em situação de grande vulnerabilidade ou carência de meios de subsistência, como por exemplo, a aquisição de uma cadeira de rodas, de um aparelho auditivo, e assim por diante. Para esses não há limite de idade.

Rossana nos conta que há uma iniciativa muito boa do Consulado que se chama “Portugal no Coração”, dando uma chance de viagem para aqueles que com mais de 65 anos, há muito tempo não vêem o país natal. “São 15 dias de viagem com tudo pago e mais 200 euros para gastar e quando a demanda é grande, o sorteio é o meio mais democrático para a escolha”.

Tudo é detalhadamente acompanhado pelo Centro de Apoio e as assistentes sociais revelam que, atualmente, precisam de calçados, vestimentas, cadeiras de rodas e cadeiras de banho. Quem quiser e puder ajudar, basta entrar em contato pelo telefone (11) 3399-4305, ou pelo e-mail: [email protected] ou ir diretamente ao Centro localizado no Edifício Casa de Portugal · Av. da Liberdade, 602 · São Paulo/Capital. A comunidade portuguesa agradece.

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