Com casa cheia Grupo Folclórico da Casa de Portugal de P. Grande lança CD “Volta a Portugal”

Por Odair Sene

Concertinas_CPPGNo último sábado 24 de setembro, a Casa de Portugal de Praia Grande promoveu uma grande festa de lançamento do segundo CD do seu Grupo Folclórico, “Volta a Portugal”. Cerca de 50 componentes do grupo participaram da festa especial da entidade.
O diretor de folclore Antonio Carlos Almeida, o Toninho falou sobre o projeto que conseguiu se concretizar com o patrocínio de sete empresas de portugueses, que auxiliaram nos altos custos e tornou possível o lançamento do CD, apresentando algo diferente do que já foi gravado anteriormente. “A minha visão no repertório do CD foi colocar músicas que nenhum grupo do nosso convívio tenha gravado. Nós garimpamos os cds que vieram de Portugal, coisas antigas, resgatamos isso para tentar fazermos algo diferente”.
Além disso, os coordenadores pensaram em canções mais bonitas para compor o CD, ainda que sejam pouco apresentadas ou tenham uma coreografia mais simples, já que a ideia é ouvir belas canções e diferentes. “Eu peguei, por exemplo, uma fita cassete de 1962 para tirarmos uma música que estava perdida no arquivo de alguém”.
O novo CD leva o título de uma música criada pelo próprio grupo, “Volta a Portugal” para representar todas as regiões de folclore. “Por isso chama-se Volta a Portugal, começa pelas ilhas, no continente começa no Minho e acaba no Algarve, é uma música criada por nós. É questionável o apelo folclórico mas é uma identidade do nosso grupo folclórico, nós que criamos há tantos anos”.
O evento contou com folclore do coirmão, o Rancho Folclórico Maria da Fonte da Casa do Minho do Rio de Janeiro. O diretor de folclore Carlos Alberto falou com o Mundo Lusíada sobre a importância desse intercâmbio entre folcloristas. “Temos que manter esse intercâmbio mais vezes, está faltando um pouco mais, no passado existiam mais intercâmbios, é interessante termos gente de São Paulo, Minas, temos que ter isso quase como uma rotina” disse o folclorista do Rio.
“E fazer também uma movimentação no grupo, conhecer outros lugares, e fazer confraternização com amigos de outros estados que divulgam o folclore português como fazemos no Rio, precisamos ter esse folclore de Portugal mais forte no Brasil” disse Alberto, uma ideia reforçada pelo parceiro folclorista da Praia Grande que pretende ir ao Rio em breve com o rancho da casa.
O Maria da Fonte esteve presente na Praia Grande com 50 componentes, entre tocata e dançarinos. No palco, um repertório que passou por Santa Marta, Meadela, Afife, numa apresentação especial. “Vamos apresentar algumas coisas que a Casa do Minho, com suas seis décadas de rancho folclórico, criou e nossos hinos que é a marca registrada do Maria da Fonte, fazendo uma mescla com as músicas autenticas do Alto Minho, representativas dos principais ranchos folclóricos, e também da raiz da Casa do Minho e seu rancho folclórico que tem 62 anos de existência”.
Em tempos de crise, conforme comentou o diretor coirmão do Rio, o lançamento do CD exigiu um esforço grande do grupo luso-paulista. “Hoje em dia as coisas estão bem mais difíceis para tudo, lançar um CD deve ter exigido um esforço grande com patrocinadores, os componentes devem ter trabalhado, como fazemos lá no Rio, para que isso pudesse se tornar uma realidade. Não é fácil manter um grupo folclórico, não é fácil lançar um CD ou fazer uma viagem a Portugal ou para outro estado. Isso exige, além da dedicação dos componentes, um trabalho forte porque os custos são elevados” exemplificou Carlos Alberto.
A festa, além de muito folclore, contou com a culinária tradicional portuguesa e bom público presente, mais uma vez, lotando a Casa de Portugal da Praia Grande. Com destaque para diversos representantes de outras casas da baixada e componentes de vários grupos não só do litoral mas de São Paulo.

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