Cerimônia religiosa marca 72 anos de fundação da Beneficência Portuguesa de S.Caetano

Mundo Lusíada

Fundado em 1949, o Hospital Beneficência Portuguesa, de São Caetano do Sul (no ABC paulista), completou neste mês 72 anos de fundação.

No último dia 05 de outubro, a direção da instituição promoveu uma cerimônia religiosa comemorativa de sua fundação, o primeiro evento organizado pela direção desde o início da pandemia do novo coronavírus.

O presidente da diretoria Antonio Rubira, acompanhado pela presidente do Conselho Deliberativo, Márcia Maria Rodrigues, recepcionou os convidados e destacou que a missa aconteceu com lugares marcados, distanciamento social, e com número restrito de pessoas dentro da capela, nas dependências do complexo hospitalar.

“De verdade, nós comemoramos a possibilidade de estarmos vivos, de ter participado de todo esse processo, isso aumenta a qualidade de ser humano que nós temos que ser. Hoje o tratamento, o contato e a conversa é pé no chão, é mais cuidadosa, mais respeitosa. Os valores são diferentes hoje, é a amizade e o tratamento, não são valores de dinheiro ou outra coisa”, declarou Rubira citando o momento diante de uma pandemia.

Presidente lembrou que o hospital teve 16 funcionários afastados pela Covid. “Hoje o atendimento da Benê melhorou muito em qualidade, as próprias pessoas que estão conosco na parte administrativa têm uma convivência muito melhor. No primeiro dia, nós tivemos 16 funcionários afastados. Nós somos o primeiro hospital de todo estado de São Paulo a vacinar todos os funcionários, hoje já estamos dando a terceira dose para todos os funcionários. Eles sentiram um aconchego dentro do hospital mesmo diante de todo esse problema que estamos passando”.

O hospital já tinha um projeto de iniciar um novo prédio, tendo já o projeto e o terreno disponíveis, e agora termina as últimas reformas e aguarda a situação da saúde pública pós pandemia. “Os planos [de saúde] vão receber uma nova configuração, muitas pessoas hoje estão sem emprego e sem plano de saúde, então talvez o perfil do nosso cliente ou dos hospitais possa mudar. O processo de tratamento clínico talvez seja muito mais aperfeiçoado, em que dê um custo menor a saúde, que hoje tem um custo muito alto”, diz Rubira.

Lembrando as perdas importantes dentro da instituição, ele disse que assim como nas famílias brasileiras, as perdas sempre foram próximas. “No hospital perdemos um funcionário, que fazia plantão em dois hospitais, e também um médico que fazia plantão em dois hospitais, vieram a falecer. Nós tivemos vários médicos internados aqui mesmo do hospital, graças a Deus todos voltaram a trabalhar normalmente”, comentou Rubira, citando ainda funcionários que tiveram problemas neurológicos, cardíacos, psicológicos no pós-covid, e receberam toda assistência do hospital.

Por causa da pandemia, a diretoria prorrogou a eleição que seria realizada no ano passado, e portanto permaneceu com a mesma composição administrativa, após reuniões online. “Devemos retomar as reuniões de conselho no mês de novembro” referiu o presidente que permanece com Ademir Pardo como vice a Márcia Maria como presidente do Conselho e a Cristiane Santos na vice-presidência do Conselho.

A cerimônia religiosa comemorativa de aniversário contou mais uma vez com o padre Gino na condução da missa, aos 84 anos ele reencontrou diretores (amigos de longa data) para a celebração realizada na Capela que foi toda reformada, pintada e entregue para a comunidade local que utiliza o espaço dentro do próprio hospital.

História

Na década de 40, havia um pensamento coletivo sobre a necessidade de construção de um hospital em São Caetano do Sul, e do exemplo hospitalar das beneficências portuguesas no Estado de São Paulo. Quando do desfile em homenagem ao dia da Pátria, em 7 de Setembro de 1949, à rua Santa Catarina, um grupo de portugueses e de amigos observaram várias instituições que desfilavam uniformizadas, carregando bandeiras e seguidas de animadas fanfarras, notando-se que não havia representatividade da colônia portuguesa.

Diante disto, surgiu a ideia de fundar uma entidade representativa da colônia, com esforço, trabalho e fé, características do povo lusitano, ligada ao sentimento humanitário em beneficio da população. Assim, nasceu em 1949 a Sociedade Portuguesa de Beneficência de São Caetano, que hoje, pela dedicação do grupo dirigente, se tornou uma das principais instituições de saúde do Grande ABC.

Atualmente o hospital possui uma capacidade de atendimento importante, e com um desempenho hospitalar crescente nos últimos anos, o que vem contribuindo intensamente com a supressão da demanda hospitalar regional na região, com investimentos maciços em hotelaria e equipamentos de ultima geração.

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