Casa de Portugal de SP encerra ano com homenagem para António Braga

Entidade ofereceu coquetel, jantar e show com Roberto Leal

Por Odair Sene Do Jornal Mundo Lusíada

 

Mundo Lusíada

>> Vasco Monteiro, o secretário de Estado das Comunidades, Antonio Braga, o presidente da casa Dr. Julio Rodrigues e presidente do Conselho, Antonio de Almeida e Silva.

 

A Casa de Portugal de São Paulo promoveu uma grande festa de confraternização na sexta feira, dia 12 de dezembro, em seu luxuoso salão nobre. A entidade recebeu grande público, praticamente todas as entidades representadas, empresariado ligado à comunidade, e encerrou assim o ano de 2008, com chave ouro.

Numa breve cerimônia, iniciada e comandada pelo diretor Vasco de Frias Monteiro (o aniversariante deste dia em que completou 70 anos), o presidente Júlio Rodrigues prestou uma homenagem ao Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, que esteve em visita oficial de seis dias ao Brasil, para encontros em São Paulo (entre os dias 12 e 14 de dezembro), além de visitas em Recife, Rio de Janeiro e, ainda, foi recebido pela comunidade de Santos.

A visita oficial teve como principal objetivo divulgar o programa Netinvest. O seu objetivo é atrair investimentos a partir de 2009, dos empresários da diáspora para Portugal e apoiar a internacionalização das empresas de Portugal. Para além disso, António Braga falou amplamente sobre a funcionalidade dos serviços diplomáticos, rede que aliás, deve receber investimentos em três anos, de cerca de 2 milhões de euros criando nas embaixadas e consulados uma “via verde” para captação de investimentos do empresariado, e entrada de projetos. O Balcão Netinvest estará sediado na AICEP para aconselhamento aos projetos dos empresários da diáspora.

Pela complexidade da pasta, o secretário teve seu trabalho reconhecido pelos dirigentes luso-paulistas. Por conta disso, o presidente da Casa de Portugal, Júlio Rodrigues primeiro agradeceu aos colaboradores, empresas patrocinadoras, autoridades e dirigentes associativos presentes, lendo em seguida sua mensagem de fim de ano.

O economista do Grupo Financeiro Banif e Banco Banif Brasil não deixou por menos, falou da crise econômica que trouxe “surpresas” em 2008 e projeta “grandes batalhas” em 2009. A crise econômica será, segundo o dirigente, “o grande desafio para o futuro do mundo”.

Júlio Rodrigues elogiou as ações governamentais que buscam soluções para uma crise que desorganizou a economia mundial. O otimismo do presidente Lula é, conforme o economista “louvável” porque alenta a população enquanto trabalha na assistência ao setor privado.Citando algumas instabilidades e a extrema necessidade do retorno à estabilidade, Júlio Rodrigues disse esperar que os governantes resolvam as diferenças sociais e o egoísmo, itens responsáveis pelas guerras, pelo terrorismo, fome e genocídio. O presidente da CP ainda elogiou a atuação do “compatriota” José Manuel Durão Barroso pela desenvoltura na presidência da Comissão Européia.

Voltando à vida associativa, o presidente fez referências às atividades da casa durante o ano de 2008. Citou a digressão “memorável” do Rancho Folclórico para Portugal e Ilha da Madeira durante o mês de agosto. A viagem foi um “presente” do Banco Banif e teve como responsáveis os diretores Vasco F. Monteiro e Ernesto Lemos. Antonio de Almeida e Silva, presidente do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo, também foi citado pelo presidente que o elogiou pelo seu empenho durante todo o ano em prol da difusão da comunidade.

Atento aos detalhes, Júlio Rodrigues citou as perdas que tivemos em 2008 na comunidade. Nomes como Valentim Diniz, César Rosa, Antero Martins, e Irene Coelho foram lembrados como partidas que empobreceram a comunidade. A mensagem foi encerrada com agradecimentos aos presentes e votos de boas festas.

O diretor da casa, Fernando Leça, leu o currículo do homenageado. Na seqüência António Braga recebeu a Medalha Infante D. Henrique, maior honraria da casa, entregue pelo presidente Júlio Rodrigues. Enquanto, por parte do Conselho, o presidente Antonio de Almeida e Silva ofereceu ao secretário uma placa entregue pelo diretor Vasco Monteiro. Almeida e Silva rasgou elogios ao secretário enaltecendo sua performance política em prol da diáspora.

Finalmente António Braga usou da palavra para divulgar as ações de sua pasta. Segundo ele, a homenagem recebida serve para recordar de seus deveres enquanto governante. “Quem assume funções governativas deve honrá-las cumprindo o seu dever da melhor forma, por isso quero dizer que esta homenagem é mais feita ao que representa Portugal, a quem se relaciona um nome ao Estado português e eu tive a felicidade de conviver com gente tão boa, como sois vós, dirigentes da comunidade de São Paulo, o que nos facilita o trabalho por ser uma comunidade tão respeitada, sobretudo neste Estado”, disse.

“Quem olha o mundo através da língua portuguesa tem provavelmente uma visão muito aproximada deste próprio mundo e por isso, a ligação entre Portugal e Brasil é tão estreita, tão forte e tão íntima. E a presença portuguesa retrata a capacidade de colaboração entre os dois povos”, disse António Braga que demonstrou, basicamente, intenção de elogiar a capacidade de integração dos portugueses ali presentes.

Ainda em sua fala, Braga fez referências (de forma muito particular) ao presidente do Conselho, Antonio de Almeida e Silva, para o qual externou agradecimentos. Conforme o secretário, enquanto presidente do CCP Mundial, mesmo com divergências, houve muito respeito mútuo. “Aprendi a respeitar o Dr. Almeida e Silva porque ele foi sempre frontal, determinado a defender a suas posições”, disse exaltando a forma leal e determinada que sempre imperou nas relações do dirigente junto ao governante.

O secretário de Estado atribuiu ao Dr. Almeida e Silva o período mais longo de estabilidade do CCP Mundial, e completou: “obrigado, esta homenagem é também para si”. Segundo Braga, hoje é possível construir uma nova modalidade de representação do Conselho, o que é possível por conta do que foi iniciado pelo ex-presidente Almeida e Silva.

Ao final de sua participação, Braga conclamou aos portugueses de São Paulo para que participem efetivamente dos processos eleitorais, que se inscrevam nos órgãos competentes, e que, assim, participem mais ativamente das eleições em Portugal.

 

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