Amor pela música

Mundo Lusíada

Orquestra Principal com maestro Augusto Mesquita e o tenor Paulo Amador.

Ao Mundo Lusíada, o presidente dos Antigos Tunos da Universidade de Coimbra, professor Armando Silva Afonso, afirmou que o grupo é formado por antigos e atuais estudantes que abrangem de 18 à 80 anos de idade. Formada há 22 anos, a associação de tunos reúne atualmente cerca de 45 pessoas.

Na abertura, a tuna trouxe a música clássica e música popular portuguesa com a Orquestra Principal. Muitos convidados presentes no evento se emocionaram ao ouvir modas portuguesas. Depois, seguiu a apresentação da Orquestra de Tangos. Mas tango num grupo de Coimbra? Pode parecer estranho, mas o professor Afonso explica. “É que surgiu em 1950, por esses anos. Na altura o tango estava muito na moda e dentro da orquestra da Universidade de Coimbra fez-se um pequeno grupo a tocar o tango porque era uma música da moda, romântica, e até ajudava os estudantes nas suas conquitas. E manteve-se até hoje, foi uma orquestra que foi ficando”. Foi ficando e tornou-se um sucesso. De acordo com o presidente, a orquestra já se apresentou até mesmo para o presidente da república argentina, que considerou a melhor Orquestra de Tango fora da Argentina.

 

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Além dela, o grupo trouxe o cômico professor Jorge numa apresentação de ilusionismo que arrancou muitos risos da platéia. A participação dele na tuna, um trabalho de continuidade do seu pai, criou fama na Academia de Coimbra de tal forma que também passou a ser parte integrante das apresentações do grupo. Por fim, apresentou-se o Grupo de Fados da AATUC, de acordo com Afonso, um fado mais romântico cantado apenas por homens, ao contrário do fado de Lisboa.

 

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O show do ilusionista Jorge Condorcet.

A tuna é formada por antigos estudantes da Universidade de Coimbra entre juízes, advogados, médicos, engenheiros que pertenceram à chamada orquestra da Universidade de Coimbra, mas que ao terminar o curso não deixaram de tocar e conviver. Atuais estudantes também podem participar desde que saibam tocar algum instrumento, ou não. “Se não souber não tem problema, entra e aprende. Isso é uma escola de música” diz. O termo tuna não é muito utilizado no Brasil, mas significa um grupo com uma orquestra “informal”, sem muitas regras. “Na universidade tinha que ser assim porque os estudantes iam saindo e entrando. Saia um que tocava acordeon e entrava um que tocava flauta. Então assim a orquestra ia se mantendo, é uma tuna”.

Segundo Afonso, o convite à associação para vir ao Brasil foi feito pelo Embaixador de Portugal, Francisco Seixas da Costa. Entre 5 e 13 de junho, os tunos da Universidade de Coimbra estiveram no país para apresentações na própria Embaixada de Portugal, na Casa de Portugal de São Paulo e na Câmara de Vereadores no Rio de Janeiro, que contou com a presença do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro português Filipe Baptista.

 

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O Grupo de Fados da AATUC

Ao Brasil, deslocaram-se cerca de 40 pessoas do grupo, com o patrocínio principalmente da Embaixada de Portugal. Tiveram apoios ainda da Câmara Municipal de Coimbra, da EDP-Energias do Brasil, além do Consulado e Casa de Portugal tanto em SP como no RJ. De acordo com o presidente do grupo, a tuna não cobra cachê e quando arrecada fundos, toda a receita segue para instituições de solidariedade. “Aqui naturalmente não cobramos qualquer cachê, pelo contrário pagamos para vir. Isso mostra o gosto em tocar acima de tudo. Tocar pelo mundo afora é um prazer para nós”. << voltar

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