Portugal e a União Europeia

A Europa, como todos sabem, é um continente composto de grande número de países, e na comparação com o Brasil, um conglomerado de “Estados”, visto que é o mesmo que o Brasil porém a diferença existente é tão somente que no Brasil os “Estados” falam a mesma língua, e na Europa cada “Estado” tem sua língua própria.
Ao olharmos o mapa da Europa, num sentido ilusório, veremos que desde as planícies da Rússia até Portugal, desenha-se um corpo e a Península Ibérica seria a cabeça da Europa e Portugal o seu cérebro. Evidentemente ao dizermos isso, tão somente imaginaremos as várias nuances que isso pode nos dar, uma vez que após Portugal existe de frente o gigantesco Oceano Atlântico e tendo Portugal uma vantagem, visto que os outros países, a não ser a Espanha e França, todos tem uma grande dificuldade em navegação, e muitos estão emparedados pelo Mar Mediterrâneo e outros pelo Mar do Norte.
Para os países que se concentram no Mar do Norte, a navegação torna-se muito difícil nas épocas do Inverno em razão do mar ficar praticamente congelado e os do Mar Mediterrâneo em razão do conglomerado dos países Africanos à sua frente, tornando-se um paredão, Europa e África. Dentro do Mar do Norte encontramos a maioria dos países ricos, como seja: Suécia, Finlândia, Dinamarca, Holanda, Bélgica, Reino Unido, Alemanha e Luxemburgo fechado, e bem como outros são Estados intermediários, como Polônia, Estônia, Letônia, Lituânia, República Tcheca e Eslováquia, e dos países virados para o Mar Mediterrâneo, temos a Hungria e Áustria fechadas e os que têm vazão para o Mar Mediterrâneo, como Romênia, Bulgária Grécia, Chipre, Malta, e lados da França e Espanha, tendo esta o lado norte em posição idêntica à Portugal e ficando no meio disso tudo a Suíça que não aderiu à União Europeia.
Como vemos, as dificuldades que existem na União Europeia e evidentemente em Portugal são além das Línguas diferentes, temos também o tamanho de cada país, e bem como, também a economia individual de todos os países, mesmo porque o Reino Unido com seus países tem 15% do “PIB”  do Bloco, só ficando atrás da França e Alemanha. E 30% do comércio exterior de todo Bloco e 13% do trabalho da União Europeia e ainda tendo como moeda a Libra (não aderiram ao Euro).
Além disso tudo, foi criada a “TROIKA” com poderes financeiros e administrativos sobre os países que fazem parte da União Europeia, e obrigando a países produtores diminuírem a sua produção em benefício de outros países. Com isso ocasionou-se uma grande dificuldade para países de menos território como PORTUGAL, que foi obrigado a diminuir a sua produção, por exemplo em plantações de trigo, azeitonas e muitos outros produtos, e evidentemente isso tudo ocasionou a diminuição de empregos em geral, não só em países de melhor economia, como nos outros.
Outro fator preponderante foi também que nos idos do ano de 2002, a União Europeia do bloco do Euro enviou milhões e bilhões de Euros para todos países, no sentido de que, melhorassem as suas estradas, hospitais, palácios, enfim a imagem de uma EUROPA UNIDA, e realmente isso aconteceu, quem vai à Europa em todos países encontram fantásticas estradas todas bem asfaltadas, retas grandiosas e todas com “guarda/rails” mostrando uma beleza inconfundível, todavia, isso acarretou débitos fantásticos de quase todos países, que depois de alguns anos, têm que devolver os valores com juros para a capital da Europa que é BRUXELAS NA BÉLGICA.
Vemos hoje incríveis manifestações contra os financistas de Bruxelas, e contra a falta de empregos em quase todos países de menor expressão econômica e até em países propriamente ricos.
Na época do “ESCUDO”, Portugal controlava a sua economia, com a exportação de seus produtos e a importação necessária e bem como, com os milhões de Portugueses espalhados pelo mundo afora, que enviavam valores para os seus familiares que ainda estavam em PORTUGAL, e bem como, do Turismo internacional.
Na minha viagem no ano passado, presenciei terras praticamente abandonadas em muitas regiões de Portugal, mormente no Alentejo, evidentemente, perderam-se empregos e as dificuldades que o povo português está encontrando praticamente deve-se a esse emaranhado financista e as exigências praticadas pelos economistas diferentes, que creio que muitos pensam nas formas de seus países praticando normas financeiras não cabíveis em diferentes países.
Contudo, esperamos que no futuro isso possa ser revertido e aí então o nosso querido e ETERNO PORTUGAL possa sair desse emaranhado.
Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

1 Comment

  1. Portugal tal como outros países europeus,já sofreu com guerras,catástrofes naturais, crises financeiras entre outras coisas. Sempre superou esses maus momentos e voltou a erguer-se, nunca deixando de desenvolver-se e tornar-se um país melhor e mais moderno. Eu tenho a certeza que isso vai novamente acontecer, certamente implica esforço, sacrifício e um maior rigor com as contas publicas. Essas reformas também estão acontecer com os restantes parceiros europeus. A união europeia é relativamente jovem e ela própria precisa de uma outra abordagem ao nível financeiro no seu espaço para prevenir estas crises. Não podemos esquecer da omissão de uma verdadeira politica financeira no espaço comunitário que contribuiu sem duvida para este descalabro nas contas de alguns países. Obviamente que Portugal e mesmo os restantes países do sul da Europa sofreram mais com a crise. Espero que Portugal e a União Europeia tenham aprendido bem a lição para que tal não volte a acontecer. A União Europeia trouxe sem duvida coisas boas mas também outras menos boas e o desemprego é uma delas, mas continuo convicto da capacidade de todos os parceiros da UE para resolver todos estes problemas.Penso que não há qualquer duvida que a União Europeia está na vanguarda mundial em quase todas áreas, desde o social ao ambiente.

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