Portugal: Como tudo aconteceu, as suas origens

É evidente que muita coisa se perdeu na névoa do tempo, mesmo porque calcula-se que já se passaram milhões de séculos da formação do Planeta Terra e como não podia deixar de ser, milhões também de transformações aconteceram na face da Terra e praticamente um punhado de séculos é que chegou ao nosso conhecimento.

Nós na realidade não sabemos nada da formação dos seres humanos, a Bíblia Sagrada nos mostra algo de uns 6 mil anos, mas, provadamente nas rochas foram encontrados esqueletos humanos com milhões de anos e logicamente nada sabemos sobre isso tudo ou pouca coisa, no entanto, nos é interessante podermos revelar algo a respeito.

Portugal foi dotado pela natureza de frente para o Oceano, isso já foi uma dádiva, visto que os outros países europeus ficaram postados no mediterrâneo e no mar do norte. Os vestígios encontrados na região onde se encontra Portugal foram os “calhaus”, pedras lapidadas muito insuficientes, mas, com intenção de se praticar qualquer trabalho. E nesses períodos pré-históricos, que praticamente ou pouca coisa nos é revelada, algo nesse sentido sempre aconteceu em grutas, porque os homens usavam esses locais como residências e uma dessas grutas onde foram encontrados vestígios de uma civilização pré-histórica foi a “Gruta da Furninha” região de Peniche perto de Caldas da Rainha.

Evidentemente, a curiosidade de povos pré-históricos da Europa, mormente em seu centro, era sempre avançar para outras regiões, em busca de frutas, animais e peixes, visto que, como hoje, não havia uma forma especializada de alimentação, as frutas e folhas eram colhidas e comidas na hora, os animais eram espedaçados e serviam de alimento de qualquer jeito, porém, já havia o conhecimento do fogo e isso era suficiente para aqueles seres pré-históricos. O avanço para outras regiões era feito pelos rios ou cordilheiras e grupos muitas vezes ficavam em lugares mais apropriados e ali formavam uma espécie de tribos, o que realmente aconteceu no Portugal histórico.

Como esses grupos de seres avançavam em direção ao Oceano, chegando na região de Portugal, ali paravam, porque estavam em frente do gigantesco Oceano e já estavam na era “neolitica” que já era uma era mais avançada na forma de tratar as pedras, as polindo de outra forma mais sofisticada, porque estávamos na era da “Pedra Polida” e não na “Era da pedra lascada”. Ordas de humanos provavelmente vieram da Ásia e da Europa central e acabavam ficando no “Alto Alentejo”, uma região propícia para os humanos.

Muita coisa foi encontrada pelos geólogos em razão de escavações, sempre na intenção da busca pré-histórica, e esses grupos humanos vindos de outros locais sempre nas suas intenções era procurar por minérios, para a feitura de armas ou de objetos de trabalho e as regiões de Portugal eram abundantes em “cobre” na região do Tejo, já mais para o norte o que existia era uma grande quantidade de estanho.

Em regiões imensas de Portugal, se encontraram vestígios de cemitérios, onde eram feitos oratórios com urnas de barro e consequentemente em homenagens aos mortos ali eram despejados muitos objetos feitos nessas eras pré-históricas e bem como, nas construções dos fortes de Torres Vedras e no Cartaxo, muita coisa rica foi encontrada, porque as penínsulas do Tejo do Sado  eram regiões ricas do cobre e do estanho.

O que dizemos era uma época de uns 10 mil anos antes de Cristo, uma era que estava fugindo da “Era do Gelo”, e os seres humanos começavam a formar-se em grupos e tribos e alavancando cada vez mais os seus conhecimentos, embora muito primitivos. Já na idade do “Bronze”, de 2000 a 800 anos antes de Cristo, começou uma grande movimentação de grupos ou de povos, visto que, já se descobriu “criptas” ou túmulos mais sofisticados e já existiam casas de pedras que eram denominadas de “castros” e dali para frente sempre os locais eram cercados por paredes ou muros de pedras, para a defesa de suas comunidades.

Na formação do Portugal antigo, porque ali em seu primitivo território, onde existiam várias formações, como os “lusitanos, iberos, godos, visigodos, e outras denominações, chegou um povo mais sofisticado, os “Celtas”, que eram conhecedores da liga do ferro e ótimos ourives, eles vieram do centro da Europa e era um povo mais culto e por sorte se enturmaram logo com essas formações mais antigas, trazendo uma cultura mais avançada aos povos existentes.

Como existia um povo na antiga península itálica, que conhecia a liga do aço e vivia às margens do Rio Tibre, os “Romanos” e Roma praticamente nada produzia em alimentos, resolveram avançar para outras regiões da Europa, dominando quase toda a região, sendo um povo guerreiro, chegaram na Península Ibérica, bem como, avançados na cultura jurídica e na sua própria língua o “Latim”, as primeiras ordas romanas chegaram à essa região em razão da guerra entre Roma e Cártago e ali acabaram ficando por 1000 anos, de 300 antes de Cristo até o ano de 711 de nossa era, quando foram expulsos pelo “mouros” outra civilização que veio da África, do Marrocos e da Mauritânia.

Os romanos além de trazer a forma jurídica com o tempo que ficaram, os lusitanos acabaram por assimilar o Latim. Nesses agrupamentos, já com uma civilização mais avançada, acabaram nesse caldeamento de raças que com o ajuntamento dos mouros, um povo mais culto, que trouxe as artes, a poesia, a construção dos palácios, dos castelos, embora os romanos também construíssem estradas, castelos, e os mouros ficaram do ano de 711 até 1452. Daí nessa mistura de raças se começou a falar uma Língua arcaica, o lusitano arcaico, que perdurou até o ano de 1452, quando foram expulsos já do Portugal moderno.

Quando o fundador do Portugal moderno D. Afonso Henriques, no ano de 1179 de nossa era, ainda se falava o português arcaico, que por obra de Luiz Vaz de Camões na era das descobertas formou-se o português moderno e acentou as fronteiras definitivas do Portugal de nosso tempo e com as descobertas dos eternos navegadores, hoje temos a felicidade de 08 países da Língua Portuguesa, com perto de 300 milhões de seres humanos que falam essa língua maravilhosa, e esses maravilhosos navegantes deixam o legado final a construção do nosso querido e eterno PORTUGAL.

 

Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

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