Os reinados de Portugal: D. João V – 24º Rei de Portugal – “Rei Magnânimo”

João Francisco António José Bento Bernando de Bragança. Foi rei de Portugal desde janeiro de 1707 com 17 anos até o seu falecimento e teve a alcunha de “o magnânimo” e também “o rei sól-português”, porque no seu reinado imperou em tudo um verdadeiro luxo.

Ele era filho de Pedro II, de Portugal e de Maria Sofia, foi Príncipe herdeiro no dia 01 de dezembro de 1697 e tornou o 24º Rei de Portugal em 09 de dezembro de 1706.

Seu nascimento foi em 22 de outubro de 1689 em Lisboa, e faleceu também em Lisboa em 31 de julho de 1750, por insuficiência cardíaca, porém, teve inúmeras doenças, AVCs, paralisia facial, enfim apesar de tudo foi um reinado de grandiosos festejos.

No dia de seu falecimento, foi rodeado pela rainha e os filhos legítimos, e os frades recitavam os salmos e o núncio apostólico ministrava a extrema unção.

Esse magistral Rei, pela sua vida de prodigalidades e desperdícios, penalizou Portugal, visto que imensas riquezas vieram do Brasil nessa época, das minas de ouro e de diamantes, todavia ele esbanjou tudo em banalidades de festas e doações.

No entanto, embora à custa de impostos grandes ao povo, fez obras gigantescas em Portugal, como a canalização do Rio Tejo, o aqueduto das águas livres e também criou a Casa da Moeda.

Devido à sua vida pregressa, ele deixou também 3 filhos bastardos, ou seja: Dom Gaspar, Dom José e Dom António, frutos de várias amantes, porém eles não se apresentaram ao seu leito de morte e eram conhecidos como os “meninos de Palhavã”.

D. João V sucedeu ao Rei Dom Pedro II, seu pai, e governou por 44 anos, e foi coroado em 1706. Como ele foi um rei que apreciava a diversão em doses altas, comandando tudo que eram festanças, não respeitava nenhuma dama do reinado, inclusive até as freiras católicas, como a Madre Paula, mãe de Gaspar de Bragança.

Sempre em todas as épocas o povo que o olhava de soslaio, faziam gracejos e graças de todo tipo pela sua vida desvairada e o povo miúdo da Lisboa eterna, cantava sempre uma “trova” conhecida de todo mundo:

“Nós tivemos cinco reis,
todos chamados Joãos.
Os quatro valem milhões,
o quinto, nem 5 réis!”

 

Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

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