Os mouros na formação da Lusitânia e no Portugal eterno

Por Adriano Augusto da Costa Filho

Evidentemente na formação do povo lusitano-português nos séculos que predominaram as invasões de povos na Europa, os mouros exerceram um papel definitivo nessa formação, uma vez que ficaram no domínio da Lusitânia por 700 anos.
Os romanos ficaram na Lusitânia por 1.000 anos, desde 300 anos antes de Cristo, até o ano 711 DC. Na contagem do Calendário Juliano e nesse ano de 711 foram expulsos da Lusitânia pelas “ordas mouras”.
Os mouros ficaram nessa era dominante de 711 até o ano de 1452 em alguns locais do território português, quando, de acordo com o Reino de Portugal, retiraram-se para o norte da áfrica e sem haver guerra, em troca do fornecimento de alimentos portugueses, pesca por peixes, alimentos e bens e outros ingredientes mouros.
Os mouros eram um povo do norte da África, do Marrocos e da Mauritânia, não eram árabes, porém eram muçulmanos, invadiram a Europa nesse ano de 711 de nossa era e expulsaram romanos, todavia os romanos já não eram mais romanos, uma vez que a população lusitana-portuguesa em razão do domínio também romano, consideravam-se romanos.
Os mouros no seu domínio longínquo construíram castelos, obras maravilhosas em território lusitano-português e que pelas nossas épocas podemos ainda ver e desfrutar dessa maravilha moura.
O povo mouro era um povo muito inteligente, culto, poetas e escritores e transmitiram a sua cultura também pela música, uma vez que o “fado” português, representa um “lamento” mouro, visto que, os mouros que dominaram Portugal, recordavam as suas terras no norte da África e nas ruas de Lisboa, cantavam as suas canções mouriscas, e sendo que o fado é um lamento mouro, na sua modelagem da saudade.
Na nossa nomenclatura de nomes, que em Portugal e Brasil, onde os nomes tem no inicio a letra “al” significa para nosso alfabeto a letra “o” como exemplo: Alberto, Álvaro, Alcides, Alcântara, Albano, Albertina, Albuquerque, Alcindo, Aldo, Alexandre e uma infinidade de nomes próprios e bem como outras palavras advindas dos mouros, como alcachofra, alcatraz etc.. Com a letra ál, nos mostra o nominação moura através dos séculos, o alfabeto!
Portanto, olor de flores ao povo mouro, que nos trouxeram a cultura moura, o sonho da saudade, da canção, da música e de uma das mais lindas músicas universais: o Fado lusitano-português, eternizado para honra e glória eterna do nosso querido e eterno Portugal.
Por Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

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